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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

ÉTICA, CEU E NEU (*)

Luiz Carlos Formiga

Eu vi, eu vi o amor, é o meu país. Sim, eu vi o amor, é o meu país.

Nas Ciências Exatas o estado moral do cientista não tem a menor interferência, pois um pesquisador ético e um canalha poderão chegar às mesmas conclusões.
Na Ciência Espírita isso é diferente, pois é necessário criar um clima adequado, para que funcione a lei de afinidade psíquica. (1) Num Supremo Tribunal Federal a ética tem influência? E, na Política?
Permito-me pinçar trechos do artigo da Socióloga, Professora Maria Lucia Victor Barbosa. (2) Na Folha de S. Paulo, Carta do PCC, os bandidos se referem ao rompimento do seu código de ética: “a meta sempre foi lutar contra o Estado corrupto e não contra nossos irmãos, mesmo que fossem de outras organizações”.
A carta termina com o lema da poderosa organização criminosa: “paz, justiça e liberdade”, algo de tom ideológico e cínico tratando-se de degoladores, daqueles que desgraçam famílias, dos que são fonte da violência que infelicita e aterroriza cidadãos honestos.
O gigantismo dos lucros e a organização impecável do PCC e do CV são também a prova mais cabal do fracasso do Estado. (2)
Onde estava o Executivo, o Legislativo, o Judiciário, enquanto as organizações criminosas se expandiam?
Com relação ao Executivo, o professor Ricardo Vélez Rodríguez, O Estado de S. Paulo de 22/10/2016, lembra:
“O empurrão inicial dado pelo brizolismo ao narcotráfico veio a ser potencializado, em nível nacional, pelos 13 anos do populismo que simplesmente abriram as portas para o mercado de tóxicos no Brasil”. Recordemos “foto de Lula, no palanque em Santa Cruz de La Sierra, com Evo Morales, ambos ostentando no peito colares feitos de folhas de coca”. A imagem simbolizou um “liberou geral” para a produção e distribuição das drogas. “Rapidamente o Brasil viu aumentar de forma fantástica a entrada da pasta-base da coca boliviana”. (2)
As chacinas demonstraram quem de fato comandava o sistema prisional.
Algumas soluções raiam à imbecilidade como o direito de fuga e a soltura de presos. Isto é, não devemos prender os que cometeram crimes menores (o que seriam crimes menores?), devemos liberar as drogas e não construir mais prisões. (2)
Porque o Supremo até agora não julgou ninguém da quase centena de políticos envolvidos na Lava Jato? A morosidade da Justiça brasileira pode levar anos. O que é suficiente para a prescrição dos crimes?
O que acontecerá com as 77 delações premiadas da Odebrecht?
Seguiremos com nossa tradicional insegurança jurídica?
Nesse caso, prevalecerá a ética da bandidagem? (2)
“Os bons são tímidos”. Seria um eufemismo?
O investimento negativo prospera porque pessoas iludidas promovem as suas causas, não os identificando como cultores da ideologia populista materialista.
Geralmente, eles procuram subverter a ordem pública com protestos e convulsões sociais. Assim, movimentos sociais são utilizados para fazer pressões nos governos locais com intenção em mudanças de leis. Como é a cruel técnica do aborto! (3)
Quais foram os maiores incentivadores da liberação do aborto no Brasil?
Fácil é a resposta. Os que estiveram no poder após a ditadura. (4) Esses políticos vão demorar a compreender a Ética do Amor/Tolerância/Fraternidade. Ela não pode ser instituída por decreto, mas pela educação. Uma questão de Inteligência Espiritual. Um ministro com alto índice de inteligência cognitiva “QI” pode ser espiritualmente pouco evoluído, apresentando comportamento primário. (5)
Felizmente, espíritos inteligentes e mais felizes estão reencarnando em maior número na Terra, para impulsionar a evolução no inicio deste terceiro milênio.
Jesus liberou a legítima defesa, mas não a vingança. Por isso, não estamos escrevendo “por vingança”. No entanto, não podemos permitir a obstrução da Justiça e incorrer em crime de lesa-pátria, por omissão. (6) Não queremos viver em situação de insegurança jurídica. (7)
Josias de Souza diz: “o Lava Jato pode consagrar ou arruinar Supremo”. (8)
Dependendo das decisões da Presidente do Supremo Tribunal Federal poderemos dizer: o comportamento de determinados políticos nos três poderes nos deixaram, mais uma vez, com o nariz vermelho retardando a “Operação Lava-Jato”.
Ivan Lins pediria: “bota a banda pra tocar um dobrado, olha nós outra vez no picadeiro!” (9)
Políticos, espiritualmente primários, não compreenderiam a Ética do Amor, mas, muito menos que “o Amor é o meu País”. (10)



Referências na WEB


1. http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2017/01/a-face-oculta-ou-
inexplorada.html
2. http://www.caoquefuma.com/2017/01/a-etica-da-bandidagem.html
3. http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2012/06/antecipacao-terapeutica-
de-parto.html
4. http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2015/10/que-13-que-agosto-que
-desgosto-sobre-o.html
5. http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2017/01/diferentes-mas-sobretudo-iguais.html
http://www.aeradoespirito.net/ArtigosLCF/DIFERENTES-MAS-SOBRETUDO-IGUAIS_LCF.html
https://blogdobrunotavares.wordpress.com/2017/01/11/diferentes-mas-sobretudo-iguais-por-luiz-carlos-formiga/
https://rinconespirita.wordpress.com/dr-luiz-carlos-formiga-2017/
http://myslide.es/documents/roustaing-el-termometro-y-los-derechos-fundamentales-dr-luiz-carlos-formiga.html
6. http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2017/01/congressos
-face-esquerda.html
https://rinconespirita.wordpress.com/dr-luiz-carlos-formiga-2017/
https://issuu.com/merchita/docs/congresos_
la_cara_izquierda_dr_luiz
7. http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2012/05/anencefalos-driblando-na-area-da.html
https://issuu.com/merchita/docs/polliticum_corruptiae_dr_luiz_carlo
http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2016/12/polliticum-corruptiae.html
8. http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2017/01/29/lava-jato-pode-consagrar-ou-arruinar-supremo/
9. https://www.youtube.com/watch?v=2FSCBbO_m6Q
10. https://www.youtube.com/watch?v=rcGGEpzk55A


(*) CEU e NEU

CEU. Amigos mais íntimos apostavam que Chico, depois da morte, iria direto para o céu e ficaria por lá. O médium reagia com bom humor: Vou mesmo para o CEU - o Centro Espírita Umbralino.

“As Vidas de Chico Xavier”, MARCEL SOUTO MAIOR, 2 edição revista e ampliada. 11° reimpressão, pág. 234.


NEU. Núcleo Espírita Umbralino. Grupo de ex-universitários que empregaram mal a inteligência, obstruindo a Justiça. Encontros com Juízes semelhantes ao “Moro” do Lava-Jato.

sábado, 28 de janeiro de 2017

UM 25 DE DEZEMBRO QUE NUNCA ACONTECEU, MAIS UM NATAL ADIADO

Margarida Azevedo
Sintra - Portugal

Não é fácil falar de Jesus. O vasto quão complexo processo de mitologização em que foi envolvido é de tal modo labiríntico, que fazer uma abordagem isenta desses condicionalismos é quase impossível.  

Mitologizar Jesus foi o maior erro do Cristianismo. Na tentativa de o impor aos outros profetas, do Antigo Israel ou de outras culturas, caíu-se na intransigência e no fanatismo. Foi confundir a natureza do mito com a de um homem virado para o Divino. O mito consiste numa explicação do mundo, necessária, tão válida como qualquer outra; Jesus, o Cristo, é o portador de uma esperança de Vida Eterna, baseada no comportamento terreno no qual o outro desempenha um papel fundamental. Jesus não é uma explicação do Mito das Origens, nem de como surgiu a vida na terra, mas uma referência para a fé como força salvífica a qual só é possível na união com o Deus único.

É estranho que se saiba tanto sobre dinossauros, factos passados há milhões de anos, que se fale tanto de Sócrates, que também não escreveu nada, de Buda, até do Big-Bang, mas de Jesus, há apenas 2000 anos, confusão, estranheza, secretismo, desconhecimento quase total e, pior que isso, gerou-se a dúvida sobre o que se escreve.

Essa construção mitológica de Jesus, que o representa com uma personalidade estranha e um curandeiro,  gira em torno de dois aspectos fundamentais: o homem e a sua fé.

No primeiro aspecto, porque foi desenvolvida uma teologia em torno de pressupostos refractários à sua vivência enquanto ser humano, a começar pela sua concepção fantasiosa, à semelhança dos deuses pagãos: uma virgem que engravida por influência sobrenatural, cuja virgindade vai manter-se após o parto, num dia 25 de Dezembro; um ambiente hóstil e uma encenação infantilizada, o presépio, completam o quadro, desempenhando um papel que oscila entre um misto de pobreza e rejeição social, protagonizada pelos pastores, e a magia, numa simbólica ancestral (ouro, incenso e mirra), promonitória, envolvida em riqueza e humildade, protagonizada pelos Reis Magos.

No segundo aspecto, porque os cristãos confundiram a sua crítica a algumas práticas do Judaísmo com rejeição do mesmo,  ensinaram nas catequeses que Jesus era cristão. A forma crítica como os evangelhos nos apresentam o modo como enfrentava o trabalho de memória que compreende a vivência da Tradição, e também pela estranheza das suas afirmações face ao modo como abordava a Fé, bem como a problemática em torno do cumprimento da Lei, foram, principalmente, o móbil de grandes deturpações.

Tudo isto porque há quem não perceba que qualquer ser humano pode ser agente de Deus; que a superioridade de Jesus advém do muito amar e que  tudo aquilo a que o senso comum chama milagre ou actos sobrenaturais é muito pouco para definir a natureza de um homem superior. Foi através dos chamados milagres que o confundiram com Deus. Ora Jesus não é Cristo pelos milagres, Jesus é Cristo pela Doutrina.

Este é um dos aspectos cruciais, entre outros, que divide os cristãos de grupos “conservadores”dos de grupos fora do “convencional”. Dito de outro modo, há que libertar Jesus de Deus e deixá-lo ser homem. Precisamos da humanidade de Jesus para nos compreendermos como homens e mulheres. Este homem como qualquer outro, que comia e bebia como nós, amou como nós, mais do que nós, a avaliar pelo evangelhos e Paulo, com uma sexualidade como a nossa, um homem do mundo. 

Ao debruçarmo-nos sobre o ambiente profético do Antigo Israel, damo-nos conta de que os profetas são vozes de homens e mulheres ao serviço de Deus. Por seu intermédio aprendemos que é o muito humano que fala de Deus. É isso que define a nossa humanidade. O homem pode dizer que não prova a existência de Deus, mas não pode tirá-lo da sua natureza. Ora o profeta é o portador de uma pedagogia que ultrapassa a mera dicibilidade de Deus; ele é um sentido  de fé, uma ponte entre duas margens de um rio, opostas mas parceiras na corrente: o lado visível da vida e o invisível.

Falamos de homens e mulheres que nos confrontam com a nossa finitude, protagonizando a nossa natureza, os nossos problemas enquanto humanidade, remetidos para um novo Deus, que não tem nome nem figura, que não cabe na nossa linguagem, mas que julgamos dizer quando O pensamos,  que não é passível de ser representado pela Arte. Com os profetas do antigo Israel, de que Jesus faz parte, o futuro passa a estar no modo como construímos o reino de Deus na terra, ou seja, dentro de nós, e como o espalhamos à nossa volta. Descobrimo-nos nesta dupla prática existencial: o modo como vivemos com os homens e as mulheres; o modo como vivemos com Deus, protagonizado num palco comum: a História.

Nada disto é comparável com as lutas mitológicas entre titãs, epopeias épico-narrativas dos feitos heróicos de homens que lutam contra a força desmedida de deuses interesseiros. É a partir das nossas acções que vamos sedimentando, com o passar dos séculos, o consequente amadurecimento da fé.  

Jesus é um profeta judeu que conduz a uma reflexão, um repensar a Promessa de Deus com o seu povo, não num pressuposto de que temos que nos converter a alguma coisa, mas na medida em que temos que reformular o modo como estamos na vida. Em Jesus não há conversões, mas entregas ao outro e a Deus pelo muito amar. Por isso, viver é a alegria de estar sempre com alguém, isto é, a nossa vivência externa é representativa de uma interioridade, e é sobre essa interioridade que temos que reflectir, facto a que Jesus alude, metaforicamente, ao fazer alusão aos sepulcros caiados por fora.

Pela primeira vez há uma promesssa de um deus para com um povo. Uma Promessa que se envolve com a liberdade de fé, e não com a subjugação a figuras ou modelos arquetípicos. Nasceu a liberdade da interioridade. A fé já não é dirigida para uma estátua, um arbusto sagrado num jardim. A Promessa libertadora fez os homens e as mulheres olharem para o céu, cheio de sol ou estrelado. E se alguma semelhança houve entre práticas pagãs e judaicas/cristãs deve-se apenas ao facto de a nossa conversão ao Deus único ser lenta na medida em que lentamente aprendemos a ser livres; mas também porque o Paganismo não isenta a nossa quota parte de responsabilidade para com a natureza. Pisamos solo sagrado.

A liberdade responsabiliza, ela torna perigosas as nossas acções pois conduz ao susto do erro, à culpabilidade; remete para o castigo intransigente e intransponível, no pensar medíocre do insensato, no gesto alucinado de quem pretende colocar-se no lugar do Supremo. Mas com Jesus aprendemos a perdoar. O perdão torna-se figura, rosto de Deus no coração dos bons. Com Jesus, ser livre é caminhar, a não liberdade abafa e pasma.

            Lembremo-nos de que os apóstolos e Paulo não se converteram a Jesus, mas aceitaram-no como Messias dentro do Judaísmo. Todos desconheciam a concepção virginal de Maria e a Natividade a 25 de Dezembro, tal como Jesus ser a encarnação de Deus. Os cristãos devem perceber que seguir um profeta não significa estar convertido a ele, mas a Deus, segundo os ensinamentos do profeta de eleição, o que é totalmente diferente.

Jesus foi mais uma voz, com muitas novidades: a laicização do Estado, no dai a César o que é de César; a crítica às longas preces, como belos textos de retórica, e com longas vestes; a alusão à fé, que está em todos os corações, quando se refere ao oficial romano; etc. De todos estes dizeres, o Natal de Jesus é missionário. Mas mais importante ainda foi a sobrevaloração do Amor como a fonte onde devem ir beber todos os que querem ser felizes em qualquer dos mundos, vivam onde viverem. Que o digam os Espíritos bem feitores que trabalham em zonas onde o sofrimento não tem palavras.

Os Cristãos ainda não trouxeram o natal ao mundo. Ainda não criaram o contágio da paz universal, o amor sem fronteiras. As igrejas estão fechadas em si mesmas, amesquinhadas nas suas ideologias; todas dizem ter a verdade, testemunhando total ignorância sobre Jesus. Precisamos de um natal fora de horas, fora de portas, fora de tempo, fora de todo o espaço, sem religião. Um natal aqui e agora e eterno. Imagine-se um mundo no qual os natais dos profetas eram celebrados conjuntamente! Vindos do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul! Imagine-se festejar um profeta qualquer, só porque é profeta, porque os profetas não são daqui ou dali; imagine-se lembrar os profetas que se não conhecem, de que se não fala, apenas que se sabe que existem enquanto tais, como quem lembra o Soldado Desconhecido; esquecer datas que não aconteceram e inventar-se uma data universal, consensual, e cantar, cantar até não poder mais, a glória de Deus! Deixarmo-nos introduzir num rito universal, numa dança sem fim. Imagine-se que o acontecimento marcante fosse a lembrança de todos num só dia! E que dia!

Quanto à bandeira, já a temos, é branca, simplesmente; a cidade é magnífica, Jerusalém, ou Roma, ou Nova Deli, ou…; o coração não falta, continua a bater. Temos o principal, a Promessa. Só falta o rito natalício. Vamos trabalhar para isso numa oração universal num tempo sem fim.    



O Médium Espírita





Todos somos médiuns, pois recebemos por nossos sentidos influências espirituais. Entretanto, médiuns Espíritas seriam aqueles que sob a orientação filosófica Espírita, servissem intermediando os Espíritos com finalidade maior. 

Médiuns, pois, não Espíritas, tomados por sensações que lhes são estranhas, desconfortantes, ou agradáveis, ainda mesmo em estados simples, não raramente procuram as Casas Espíritas em busca de orientação ou amparo. 

Como o Espiritismo trata de assuntos morais-espirituais Cristãos, de mediunidade, etc. pode orientar, ou mesmo encaminhar o portador daquelas influências ao equilíbrio, desde que esteja imbuído de boa vontade!. 

Como se daria este encaminhamento? Seria empurrando quem aparecesse reunião mediúnica adentro, sem que o mesmo tivesse algum conhecimento, alguma orientação doutrinária Espírita, considerando-se não ser tal reunião pública, e a seriedade do assunto a ser nela tratado? Certamente que não!. 

Também, não se iria despachá-lo à porta, comunicando-lhe que antes, fosse estudar o Espiritismo, em proposta condicional, impondo uma decepção a quem pudesse estar aflito?!. 

No “O Livro dos Médiuns”, cap. XVII – Da formação dos Médiuns, Desenvolvimento da mediunidade, item 208, discorre Allan Kardec: “Têm-se procurado processos para a formação dos médiuns, como se têm procurado diagnósticos; mas, até hoje nenhum conhecemos mais eficaz do que os que indicamos. Na persuasão de ser uma resistência de ordem toda material o obstáculo que encontra o desenvolvimento da faculdade, algumas pessoas pretendem vencê-la por meio de uma espécie de ginástica quase deslocadora do braço e da cabeça. Não descrevemos esse processo, que nos vem do outro lado do Atlântico, não só porque nenhuma prova possuímos da sua eficiência, como também pela convicção que nutrimos de que há de oferecer perigo para os de compleição delicada, pelo abalo do sistema nervoso. Se não existirem rudimentos da faculdade, nada poderá produzi-los, nem mesmo a eletrização, que já foi empregada, sem êxito, com o mesmo objetivo.” 

Determina: item 200 - (...) “Só existe um meio de se lhe comprovar a existência. É experimentar”. Justificando: item 204 (...) “Conhecemos médiuns que só se formaram depois de seis meses de exercício, ao passo que outros escrevem corretamente logo da primeira vez”. 

É verdade: Há muito acompanho bons médiuns psicográficos, psicofônicos que, em sua formação tivessem feito qualquer curso de Espiritismo; o mais esclarecedor tratado Filosófico Cristão que se conhece na face da Terra, o Espiritismo, foi recebido por vários médiuns, em várias partes do mundo, sem que muitos, o próprio Allan Kardec os conhecessem. Considerou o conteúdo!.. 

Complementa: item 209 - “No médium aprendiz, a fé não é a condição rigorosa; sem dúvida lhe secunda os esforços, mas não é indispensável; a pureza de intenção, o desejo e a boa-vontade bastam. Têm-se visto pessoas inteiramente incrédulas ficarem espantadas de escrever a seu mal grado, enquanto que crentes sinceros não o conseguem, o que prova que esta faculdade se prende a uma disposição orgânica” 

Em vista do exposto, seria interessante que os grupos mediúnicos mantivessem um estudo das obras Espíritas, para médiuns e principiantes, com destaque para “O Livro dos Médiuns”. Participei, por algum tempo de um grupo mediúnico, o qual nos trouxe bons resultados!.. 

Reuníamo-nos semanalmente, em determinado horário estudávamos “O Livro dos Médiuns”, por 30 minutos. Logo após, os médiuns e os doutrinadores em sala reservada, realizavam uma reunião mediúnica também conhecida por desobsessão, enquanto os demais membros, orientados por um coordenador, permaneciam em estudos do “O Livro dos Espíritos“, “O Evangelho Segundo Espiritismo”, e a “Gênese”. Terminadas as reuniões, que não excediam a 1:30 h, todos se reuniam, para o passe e a prece. 

Aquele expediente proporcionava-nos maior conhecimento do Espiritismo, consolidava fraterno entendimento, e permitia que os aprendizes manifestassem “a pureza de intenção, o desejo e a boa vontade”, que os levassem ao “experimento”, na reunião mediúnica!.. Estudemos Kardec, consultemos Kardec: Ele é: “O bom senso encarnado”! 


Cachoeiro de Itapemirim – Estado do Espírito Santo 
E-mail: domingoscocco1931@yahoo.com.br 
Domingos Cocco 
Telefone: (28) – 3522-4053 – CEP 29304-506 
Rua Raul Sampaio Cocco n° 30 - Bairro Sumaré 
Cachoeiro de Itapemirim – Estado do Espírito Santo

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

A FACE OCULTA OU INEXPLORADA.



Luiz Caros Formiga


“As pessoas andam tristes. Meus amigos são amigos de ninguém”. (1)


Debruçamo-nos na janela, de Johari, quando queremos ter consciência, de como o outro nos percebe e também lançar luz no processo de dar e receber feedback. Teremos facilitada a sensibilização e poderemos descobrir comportamentos e atitudes que dificultam os nossos relacionamentos interpessoais.
Temos uma área interior propositalmente oculta. O outro não deve conhecê-la. Ocultamos sentimentos, opiniões e percepções, pressionados pelo medo da rejeição. Acresce-se um diretório interior desconhecido ou inexplorado por nós e que podemos adentrar. Chegamos ao mundo das motivações inconscientes. Quem pode acessá-lo, mesmo antes de nós, é o espírito desencarnado nosso protetor e guia (ou adversário).
Emmanuel lembra que ”não convém concentrar em organizações mutáveis do plano carnal todas as nossas esperanças e aspirações. A ciência não é a mesma que servia ao homem, nas horas que se foram, e a do futuro será muito diversa daquela que o auxilia no presente. Em vista de semelhante realidade, por que se apaixonar, com tanta veemência, por criaturas falíveis e programas transitórios?”
Vamos lembrar que a Argentina possui prêmio Nobel em Química (1970) e dois em Fisiologia/Medicina (1947-84). A Venezuela também já o conquistou em 1980. E o Brasil?
A maioria de nossas universidades não faz pesquisa.
Para exercer sua função, a universidade exige a produção do saber, a negação de um saber passado para a construção do novo. Surge o binômio indissociável, ensino e pesquisa, movendo o processo de superação.
A atração pela investigação cientifica parece ser uma doença congênita. Muitos se candidatam ao laboratório, terminam o doutorado e fim. Acomodam-se. Talvez porque sentem a perda do poder aquisitivo, da desvalorização social de sua carreira ou a perda da dignidade do papel docente. Possuem baixo nível de resistência à frustração.
Por outro lado, apesar dos entraves institucionais, alguns docentes interiorizam o ethos do trabalho científico.
O Ethos da ciência é um conjunto de crenças acerca do próprio papel do cientista. A internalização de valores e crenças se dá ao longo do processo de socialização. Nos países em desenvolvimento a socialização para a pesquisa ocorre tardiamente, isto porque a ciência não é um valor nesta sociedade, o cientista não goza do prestígio social que lhe é conferido nos países onde o desenvolvimento da pesquisa científica é parte fundamental do projeto global da sociedade. Muitos poderão aprender a metrificar ou fazer versos, mas poucos produzirão poesia.
A influência da pesquisa na renovação do ensino se realiza também pela comunicação dos resultados obtidos, pelo clima de indagação e efervescência intelectual que a pesquisa deve gerar.
Estamos comendo moscas em outros setores. Diante das condições que são oferecidas aos atletas no Brasil, todos são campeões, só pelo fato de competir. O professor universitário, docente-pesquisador brasileiro, também se depara e compete com “atletas” de outros países desenvolvidos. Ele sabe que precisa resistir, porque a colonização intelectual é tão cruel como a econômica. (2)
Sentimos algum desconforto ao ouvir críticas aos congressos espíritas, sobre a ausência da produção do conhecimento. São pertinentes. Mas, se examinarmos o contexto social e cultural, desenvolveremos mais tolerância. Pensar nas críticas da hora é um dever. Não podemos “rejeitá-las” sem refletir.
Nas pesquisas com espíritos, o objeto é passivo e se procura apoio na experimentação ou na analogia. Sempre se parte do fato para se chegar à teoria. O cientista usa a Estatística. O observador deve ser passivo. Aguardará que o fato ocorra, para observar e analisar a reincidência dos fenômenos. Temos um pesquisador encarnado, o espírito desencarnado, agindo e reagindo, racionalmente. Temos ainda o médium e o espírito que se interpenetram, para o efeito da ação conjunta.
O pesquisador é um dos elementos essenciais da pesquisa, não haverá condições para a neutralidade axiológica, como nas “exatas”. A mente do experimentador tem o poder de interferir.
Nas ciências exatas o estado moral não tem a menor interferência, pois um cientista ético e um canalha poderão chegar às mesmas conclusões. No estudo dos fenômenos psíquicos isso não ocorre. É necessário criar um clima adequado, para que funcione a lei de afinidade psíquica.
Hoje na universidade os maiores problemas se concentram nos entraves institucionais, na ausência do ethos científico. Na investigação mediúnica a questão moral é monumental fator limitante. (3) Neste terceiro milênio isso será superado.
Hoje percebemos como está mais difícil trabalhar, ser solidário e tolerante. Na Universidade, dominada pela política materialista, o terreno é difícil de arar e semear. (4) Vamos demorar mais um pouco para compreender a Ética da Tolerância/Amor/Fraternidade, mesmo entre os espíritas universitários. Educação é um processo.
Com reuniões na hora do almoço, num Núcleo Espírita Universitário, obviamente não faremos pesquisa. Mas poderemos socializar as que estão sendo realizadas. As atividades de pesquisa desenvolvidas por professores são percebidas por eles como uma prática que pode ser compreendida como a expressão de um ethos e de visão de mundo, internalizadas através de símbolos e processos socializadores.
A função reprodutora supõe uma postura acrítica e de conformidade, enquanto a função produtora do conhecimento lhe exige uma postura crítica e de liberdade. É preciso reunir um pequeno número de pessoas com interesse comum para que haja a massa crítica necessária.
Depois de muito tempo de trabalho técnico-especializado deixei a informação de que o homem, o paciente, é um ser de natureza espiritual. Isso é importante, pois influenciará a Bioética e o Biodireito. (5) Mas, foi o máximo que consegui e não sei quando será considerada, pelos meus pares.
Numa universidade dominada pela política materialista, como poderemos discutir com as pessoas a sua natureza espiritual? Mesmo depois da morte elas se questionam. “Serei eu, por acaso, um espírito” (6)
Ainda não temos massa crítica na universidade para a discussão do plano espiritual.
É nesse contexto social e cultural que estamos realizando congressos espíritas. Ainda não temos as melhores condições, mas podemos incentivá-las. Aí, o exercício se encontra no capítulo da Ética da Tolerância/Amor/Fraternidade e arar, semear, deixando nosso “grito de alerta”, como o Gonzaguinha.
“Veja bem! Nosso caso é uma porta entreaberta. E eu busquei a palavra mais certa. Vê se entende o meu grito de alerta.” “Veja bem! É o amor agitando o meu coração, há um lado carente dizendo que sim e essa vida dá gente gritando que não.”
Podemos estimular o pensamento científico no movimento espírita.
O horário integral na universidade nos fez pensar em colaborar com os espíritas alunos, funcionários e professores. Precisamos lembrar que é através do processo de socialização que valores e crenças passam a ser entendidas e visualizadas, como referências importantes para o desenvolvimento da ciência e do saber.
Pensamos na criação de Núcleos Espíritas Universitários. Em 1992, foi criado o Núcleo Espírita Universitário do Fundão, situado na Ilha de mesmo nome, local da maioria dos edifícios da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Esse grupo foi um foco de contaminação espírita na universidade. Em seguida foi criado virtualmente o NEU-RJ, para o trabalho em conjunto com o auxílio da Internet.
Em dois anos, foram criados outros Núcleos. Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Universitária Augusto Motta (SUAM), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade do Rio de Janeiro (UNI-RIO), Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais. (7)
As dificuldades aumentaram nestes governos recentes, onde a corrupção foi um cupim. Muito daquilo que foi realizado, aparentemente, está perdido.
No futuro teremos entre nós congressos onde poderemos receber opinião contrária e usar a “legítima defesa”.
Valho-me, de novo, de uma experiência vivida num congresso extranacional.
Sobre o nosso diagnóstico, uma crítica foi lançada.
Entre tantos pesquisadores, uma única divergência. Ficou um espinho na carne.
De volta ao Brasil, os experimentos foram ampliados e a certeza confirmada.
Anos depois, o espinho extraído rendeu dividendos no exterior (8)
O comportamento da sociedade brasileira, de desvalorização da pesquisa científica na produção do conhecimento, pode explicar ausências e deficiências entre nós?
Para valorizar a crítica, uma transversalidade.
Na ausência da diversidade a menina mofou. (9)

Referencias na WEB

domingo, 22 de janeiro de 2017

Preconceitos e homofobias implícitos entre “confrades” ( Jorge Hessen )



Jorge Hessen
Jorge Hessen
Brasília.DF

Existem muitos “confrades” que, declarada ou veladamente homofóbicos, são intolerantes a homossexualidade e/ou qualquer sentimento/relacionamento homoafetivo. Obviamente, para um povo místico, preconceituoso e homofóbico que até hoje vê com esguelha um casal inter-racial, não seria diferente com a união estável entre homossexuais.
Tragicamente há “confrades” discriminadores, para os quais a homossexualidade é a maldição de Deus.  Anunciam essas vertentes (sempre generalizando) como se impuras fossem. Não ignoro que não será de uma hora para outra que esses preconceitos e aversões serão extirpados do imaginário individual e coletivo.
Vários jovens foram banidos de seus lares e até assassinados pelos próprios pais, tão somente porque eles são homossexuais. Infelizmente as concepções e crenças desses progenitores consideram a homossexualidade abjeta ou impura; creem que não conseguem conviver, amar e perdoar o próprio filho.
O “confrade” homofóbico, discriminador, racista etc. é aquele que ainda não aprendeu a lidar com as próprias frustrações em relação a si mesmo. Ele luta cegamente para manter suas ideias deturpadas, porque entende que jaz “doutrinariamente” puro num mundo “pecaminoso” que já se perdeu. Por isso, quando o “confrade” preconceituoso se une a outro “confrade” discriminador, habitualmente eles se tornam impetuosos em defender as suas ideias porque, sem a lógica KARDEQUIANA, é a agressão que prevalece para IMPOR uma “verdade” unilateralmente.
Tais “confrades” com vieses homofóbicos altercam a questão da distorção sexual no corpo físico pela fonte espiritual deturpada. Invariavelmente sob argumentos reducionistas afirmam que os núcleos em potenciação sexual mesclada e desarmônica, traduzido na morfogênese humana, a transmutação sexual redunda numa extensa patologia, em que a homossexualidade ocupa lugar de destaque.
Os enviesados pela homofobia asseguram que os casos patológicos acima citados jamais deverão ser confundidos com “almas femininas” em corpos masculinos ou corpos femininos com “almas masculinas”. Nas suas impetuosidades afirmam que a homossexualidade é caso típico de desvio patológico quando os indivíduos procuram atender às solicitações sexuais com o parceiro do mesmo sexo, em atitudes ativas ou passivas.
Creem que na homossexualidade há a prática sexual deformada com todas as sequelas doentias para o psiquismo, que resvalam para os desvios psicológicos do intersexualismo e transexualismo que podem oferecer campo propício para deságues patológicos na organização sexual periférica, com absorção das desarmonias para a estrutura da alma ou inconsciente.
Sob o guante do viés homofóbico, “confrades” chegam ao ápice ao ressaltarem que na “grande lei dos desvios sexuais” há as perversões do sadismo, masoquismo, exibicionismo e violências de toda ordem. Nesse grupo, a grande percentagem está na homossexualidade, condição de extenso campo de avaliação psicológica.
Para tais “confrades” homofóbicos a personalidade homossexual, em grande número de casos, tem mostrado, ao lado da amabilidade, incontida egolatria, algumas vezes acompanhando posições narcisistas, contribuindo com certo grau de hostilidade para ambos os sexos. São pessoas mais tendentes à ansiedade e a outros sintomas neuróticos, tais como fobias e depressões. Quase sempre são portadoras de esquemas mentais complicados, tornando-se prolixos e enfadonhos no diálogo.
Certa vez um “confrade” me disse com todas as letras: “temos o caso do Chico – clássica inversão [sexual] a serviço do bem”. Mas sempre generalizando com a “autoridade heterossexual”, entende que os homossexuais não estão satisfeitos com a situação de inversão - são em sua maioria revoltados ou insatisfeitos – isso por si só denota a situação expiatória imposta.
Para Emmanuel, na obra Vida e Sexo, a homossexualidade não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível à luz da reencarnação.
Observada a ocorrência, mais com os preconceitos da sociedade, constituída na Terra pela maioria heterossexual do que com as verdades simples da vida, a homossexualidade vai crescendo de intensidade e de extensão com o próprio desenvolvimento da Humanidade, e o mundo vê, na atualidade, em todos os países, extensas comunidades de irmãos em experiência dessa espécie, somando milhões de homens e mulheres, solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade ao respeito e à atenção devidos às criaturas heterossexuais.
A coletividade humana aprenderá, gradativamente, a compreender que os conceitos de normalidade e de anormalidade deixam a desejar quando se trate simplesmente de sinais morfológicos. [1]
·         Podemos compreender a homossexualidade nas três situações seguintes:
Processo de transição, isto é, quando o Espirito está em trânsito evolutivo, da experiência feminina para a masculina ou vice-versa, ao reencarnar demonstrará inevitavelmente os traços femininos ou masculino em que terá estagiado por muitos séculos, em que pese ao corpo de formação masculina ou feminina da atual reencarnação.
Processo de regeneração (punitivo), isto é, quando o Espírito reencarna no corpo feminino ou masculino com obrigações expiatórias, em face dos desvios das faculdades sexuais de vidas passadas (homem que abusou sexualmente da mulher e mulher que abusou sexualmente do homem), por isso é induzido a reencarnar em corpo morfologicamente contrário ao psiquismo (homem renasce em corpo de mulher e mulher renasce em corpo de homem), aprendendo, em regime de prisão e inversão, a reajustar os próprios sentimentos. [2]
Processo de elevação, isto é, quando os Espíritos cultos e sensíveis, aspirando a realizar tarefas específicas na elevação de agrupamentos humanos e, consequentemente, na elevação de si próprios, reencarnam em vestimenta carnal oposta à estrutura psicológica pela qual transitoriamente se definem. Escolhem com isso viver temporariamente ocultos no corpo físico inverso ao psicológico, com o que se garantem contra arrastamentos irreversíveis, no mundo afetivo, de maneira a perseverarem, sem maiores dificuldades, nos objetivos que abraçam. [3]
Em suma, sugerimos aos “confrades” homofóbicos e discriminadores o seguinte: diante dos homossexuais é forçoso dar-lhes o amparo afetivo e educativo adequado, tanto quanto se administra educação à maioria heterossexual. E para que isso se verifique em linhas de justiça e compreensão, caminha o mundo de hoje para mais alto entendimento dos problemas do amor e do sexo, porquanto, à frente da vida eterna, os erros e acertos dos irmãos de qualquer procedência, nos domínios do sexo e do amor, são analisados pelo mesmo elevado gabarito de Justiça e Misericórdia. Isso porque todos os assuntos nessa área da evolução e da vida se especificam na intimidade da consciência de cada um. [4]
Outro “confrade” assegurou-me através do seu próprio véis homofóbico que “Emmanuel” aconselha o celibato para os homossexuais. Ora, em verdade eu não sei (e ninguém sabe) o que vai na intimidade de alguém que opta pela relação homossexual. A minha natureza psicológica particularmente heterossexual não me permite invadir a privacidade homossexual de ninguém. Em face disso, quem sou eu para ajuizar o que é certo ou errado no mundo homoafetivo, considerando o relacionamento homossexual. Não consigo compreender os “confrades” que interpretam a intimidade sexual dos outros como supostamente pura ou impura, sublimada ou animalizada, equilibrada ou destrambelhada!!!
Afinal, quem tem autoridade para ajuizar a consciência do próximo? NINGUÉM! Absolutamente NINGUÉM.
Se há “confrades” que entendem que podem julgar o próximo, “que atirem a primeira pedra!”[5


Referência bibliográfica:
[1]       XAVIER, Francisco Cândido. Vida e sexo, ditado pelo Espirito Emmanuel, cap. 21, RJ: Ed. FEB. 1977
[2]       idem
[3]       idem
[4]       idem

[5]       João 8:1-11

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Aberrações biológicas diante dos engenhos da reencarnação (Jorge Hessen)


Jorge Hessen
jorgehessen@gmail.com
Brasília.DF

No dia 02 de julho de 1997, uma equipe médica liderada pelo Dr. Ahmed Al Fadall anunciava a retirada de um feto do abdome de Hicham Ragab, pesando dois quilos, com olhos, nariz, língua, braços e pernas, conforme notícia veiculada no Jornal Correio Braziliense de 03 de julho de l997. O jovem, de apenas quinze anos, chegou ao Hospital al-Demardache, queixando-se de fortes cólicas abdominais, o que os médicos suspeitaram tratar-se de um tumor desenvolvido naquela região. Aparentemente, o feto seria o irmão gêmeo de Ragab, arriscou o médico. [1]

Lendo as notícias do portal Yahoo constatei que Cirurgiões japoneses fizeram uma descoberta macabra ao procederem uma apendicectomia de rotina. Os médicos acharam cabelo, osso e um pequeno cérebro deformado crescendo no ovário de uma adolescente. Os profissionais disseram que o tumor retirado pelo abdômen era um teratoma cístico, no qual as células se transformam em diferentes tecidos, como ossos, nervos, cabelos e dentes.

Quando os médicos cortaram o tumor, encontraram pedaços de cabelo emaranhado e uma estrutura cerebral com um fino crânio em volta. De um lado, a massa se assemelhava a um tronco cerebral. O tumor era uma pequena versão de um cerebelo, parte do cérebro humano. O tumor era benigno e os pesquisadores do Centro Médico de Shiga, no Japão, disseram que os teratomas de ovário frequentemente contêm material cerebral. [2]

Existem algumas teorias sobre o motivo disso. Uma delas sugere que tumores desse tipo são como gêmeos parasitas. Angelique Riepsamen, da University of New South Wales, da Austrália, disse à revista New Scientist que “elementos semelhantes aos do sistema nervoso central são frequentemente encontrados nos teratomas ovarianos, mas estruturas parecidas com a de um cérebro adulto são raras.” [3]

Tais informações nos remeteu a uma reportagem que havíamos lido na antiga Revista Visão, de dezembro de 1986, onde lemos que "ao ser internado no setor pediátrico do Hospital de Bombain, na Índia, acometido de uma inflamação abdominal, um menino de quatro meses foi submetido a uma laparotomia (abertura cirúrgica da cavidade abdominal) por uma equipe médica, chefiada pelo Dr. B. L. Chitalangia, e, em meio à cirurgia, os médicos encontraram nada mais, nada menos, que um feto, pesando quatrocentos gramas, de estrutura anatômica com braços e pernas, mas, desprovido de crânio." [4]

Para a Medicina, os fatos se constituem como um provável processo teratológico de precedentes raríssimos, visto que se caracterizam por uma interrupção da própria Natureza biológica de prováveis xifópagos.

Como buscarmos uma explicação espírita para essas "anomalias" da Natureza? Acidente na estrutura do conjunto genético? O "acaso" satisfaz a estas indagações? Evidentemente, as academias científicas não buscarão na etiologia de tais desarmonias genéticas as legítimas "raízes-causas", posto que - e isso não é temerário afirmar - restringem-se a ilações de superfície, presas aos compêndios acadêmicos, atribuindo tais insólitos fenômenos ao fortuito acidente biológico.

Os Espíritos afirmam que no processo reencarnatório o Espírito se une ao corpo no instante da concepção, mas o processo só é completo no momento do nascimento. Durante a gestação o Espírito pode renunciar a habitar o corpo designado. Como os laços que a ele o prendem não são muito fortes, se o reencarnante recua diante da prova que escolheu, os laços reencarnatórios facilmente se rompem pela vontade do Espírito, e nesse caso o feto não sobrevive.

Muitas gestações são interrompidas, e isso se dá frequentemente como provação, quer para os pais, quer para o Espírito reencarnante. Advertindo porém que há natimortos a que não tinha sido destinado um Espírito à encarnação. É então uma gestação provida pelo desejo dos pais [gravidez psicológica] em que essa criança é gerada. [5]

Muitos desses processos gestacionais se estendem por muitas reencarnações, deixando estigmas no modelador do corpo biológico, ou períspirito (matriz das anomalias genéticas).

Quando a Medicina desvendar a estrutura funcional do perispírito e buscar o conhecimento sobre a preexistência dos Espíritos encarnados, encontrará a explicação para muitos desafios científicos, posto que se temos uma vida física somente, e tão-somente uma existência, nossa visão sobre Justiça Divina torna-se excessivamente acanhada.

Referencias: 


[1] Jornal Correio Braziliense, de 03 de julho de l997

[2] Disponível em https://br.noticias.yahoo.com/cirurgioes-encontram-pequeno-cerebro-cranio-e-cabelo-dentro-de-ovario-de-uma-adolescente-165327465.html acesso em 16/01/2017

[3] Idem

[4] Revista Visão, de dezembro de 1986

[5] Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. Perguntas: 344/345/354/355/356, RJ: Ed. FEB, 2002

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

DESOBSESSÃO E MAGNETISMO

Leonardo Paixão (*)

 
"E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curarem toda enfermidade e todo mal" - Lucas, 10:1.
 
 
Analisando o termo grego para a expressão "espíritos imundos" da referida citação do versículo evangélico, temos que, em grego, a expressão é akhatarton (espírito não purificado), o que implica na ideia de que os espíritos podem se purificar, assim como a expressão "espíritos imundos" leva-nos a pensar que é possível a estes espíritos se tornarem limpos, o que está conforme a explicação espírita que coloca a respeito da igualdade da Lei de Evolução, de Ação e Reação, de Causa e Efeito para todos os seres da Criação, guardando, óbvio, as dimensões em cada caso.
 
Conforme esclarecem os Benfeitores da Vida Maior, os Espíritos - almas de homens e mulheres que deixaram a Terra -, a depender de sua condição evolutiva nos influenciam a ações nobres ou nos exacerbam desejos e hábitos viciosos.
 
"Assim como as enfermidades resultam das imperfeições físicas que tornam o corpo acessível às influências exteriores, a obsessão decorre sempre de uma imperfeição moral, que dá ascendência a um Espírito mau. A uma causa física, opõe-se uma força física; a uma causa moral preciso é se contraponha uma força moral. Para preservá-lo das enfermidades, fortifica-se o corpo; para garanti-la contra a obsessão tem-se que fortalecer a alma; donde, para o obsidiado, a necessidade de trabalhar por se melhorar a si próprio, o que as mais das vezes basta para livrá-lo do obsessor, sem o socorro de terceiros. Necessário se torna este socorro, quando a obsessão degenera em subjugação e em possessão, porque nesse caso o paciente não raro perde a vontade e o livre-arbítrio" (KARDEC, Allan. A Gênese. Cap. XIV - Obsessões e Possessões, item 46. 3. edição. Federação Espírita Brasileira: Rio de Janeiro. p. 305).
 
Vê-se assim que, estando o obsidiado sem ter  a sua capacidade de raciocínio alterada pela influência nefasta nele exercida, ele, com o poder da vontade, do querer verdadeiro, estará livre desta influência. É o alcoólatra que se trata e não mais toma a primeira dose; é o maledicente que não mais usa a língua para relatar as faltas alheias; é o sexólatra que se torna continente; é o agressivo que aprende a dialogar; é o apático que passa a se movimentar; é o fumante que não mais dá o primeiro trago; enfim, são várias as situações e também várias em uma só pessoa em que com força de vontade é plenamente possível vencer esta ou aquela má-tendência. A terapêutica espírita é excelente auxílio e nestes casos indica o seguinte:
 
- Oração;
- Atendimento Fraterno (onde o obsidiado exporá suas dores, dificuldades, etc, e onde receberá as orientações adequadas);
- Assistência às palestras evangélico-doutrinárias;
- Culto do Evangelho no Lar, realizando assim a higienização psíquica de sua casa;
- Tratamento fluídico - recebimento de passes e tomar água fluidificada;
- realizar a reforma íntima; mudar de atitudes por consequência óbvia da mudança de pensamentos.
 
Nos casos de subjugação e de possessão, onde já não mais tem o obsidiado o seu raciocínio, logo perdendo assim a vontade e o livre-arbítrio, dois os recursos que nos orienta Allan Kardec:
 
"Nos casos de obsessão grave, o obsidiado fica como que envolto e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele. É daquele fluido que importa desembaraça-lo. Ora, um fluido mau não pode ser eliminado por outro igualmente mau. Por meio de ação idêntica à do médium curador, nos casos de enfermidade, preciso se faz expelir um fluido com o auxílio de um fluido melhor" (Idem, ibidem).
 
Neste caso, o tratamento fluídico em reuniões especializadas é essencial. As Casas Espíritas, em sua maioria, oferecem este tipo de tratamento seja presencial ou à distância com pessoal especializado. No entanto, adverte Kardec:
 
"Nem sempre, porém, basta esta ação mecânica; cumpre, sobretudo, atuar sobre o amigo ser inteligente, ao qual é preciso se possua o direito de falar com autoridade, que, entretanto, falece a quem não tenha superioridade moral. Quanto maior esta for, tanto maior também será aquela.
Mas, ainda não é tudo: para assegurar a libertação da vítima, indispensável se torna que o Espírito seja louvado a renunciar aos seus maus desígnios; que se faça que o arrependimento desperte nele, assim como o desejo do bem, por meio de instruções habilmente ministradas em evocações particularmente feitas com o objetivo de dar-lhe educação moral. Pode-se então ter a grata satisfação de libertar um encarnado e de converter um Espírito imperfeito" (Idem, ibidem).
 
 Leonardo Paixão é trabalhador espírita em Campos dos Goytacazes, RJ, colaborando com amigos de Ideal no Grupo Espírita Semeadores da Paz.