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terça-feira, 30 de maio de 2017

CARLOTA, DROGA E NOSTRADAMUS

Luiz Carlos Formiga
Encontro Carlota morta. Eu falei, eu gritei, eu implorei  (*)

Década de 1970, fiz duas Especializações, em Microbiologia e Imunologia e outra em Educação para a Saúde, depois, Mestrado e Doutorado, todos na UFRJ. O problema era dar aulas nas duas universidades. Usava droga na madrugada. Café e tabaco. A droga não é boa nem má, o problema é o uso que dela se faz. (1) Na mesma década, meus quatro filhos resolveram nascer e chorar.
Loucura! Nesse período, fiz também a Faculdade de Educação. Foi possível e não fiz nada errado, mas Direito só depois da aposentadoria, não tive energia suficiente. Era viciado em livros. “Durma-se com um barulho desses!” Era como um artista jovem na madrugada!
Nessa mesma década, os baianos invadiram minha praia. Era possível encontrá-los no “Acapulco”, o restaurante onde Eduardo Dussek batia ponto todas as noites, na certeza de encontrar amigos e descolar um comprimido (**) de Mandrix. (2)
 Arthur Xexéo conta que foi saindo do “Acapulco”, que Dussek conseguiu seu primeiro emprego como artista profissional.
Wolf Maya e Zezé Motta lhe perguntaram o que fazia. A resposta singela: “Sou pianista”.
Maya estava participando de uma produção teatral onde um pianista fora demitido.
Dussek acabou, ao lado de Marieta Severo, Marco Nanini, Pedro Paulo Rangel e Camila Amado, no elenco de “Desgraças de uma criança”, a comédia que fez história, em 1973.
Arthur Xexéo relata que foram quatro horas de histórias impagáveis com Eduardo Dussek no Museu da Imagem e do Som. Projeto “Depoimentos para a posteridade”.
No segundo caderno do jornal, o articulista-entrevistador diz que, a partir de certo momento, se emocionou e deixou de lado a rigidez exigida por entrevistas para museus e logo percebeu que a vida de Dussek não era só dele. Ela era a de toda uma geração, a geração que foi jovem no Rio de Janeiro, 40 ou 50 anos atrás. Dussek estava especialmente inspirado no MIS. Imitou o que seria Maria Bethânia interpretando “Nostradamus”, a canção que o revelou para todo o país no festival “MPB-80”.
 O artista resumiu sua trajetória de maneira original: “Eu me arrependo de tudo, pra fazer de novo e melhor”. (3)
Eu também me arrependo e quero dizer com o Zeca: eu não sou mais disso!
Eu não sei se Sonia fez feitiço, macumba ou coisa assim, mas eu deixei de ser vagabundo. Aumentei minha fé em Cristo. Hoje sou bem quisto por todo mundo. (4)
O tabagismo e a hipertensão arterial são dois importantes fatores de risco para as doenças cardiovasculares. Naquela década, também deixei o tabaco, hoje não me arrependo. (5)
Quando Dussek disse “se arrepender de tudo, pra fazer de novo e melhor”, também me fez recordar a vida difícil das décadas de 1960/70.
A Faculdade de Ciências Médicas, na UERJ, tinha conceito bom, mas quando cheguei acadêmico biomédico aos laboratórios da disciplina de Microbiologia e Imunologia verifiquei que estava no terceiro mundo.
A pesquisa só tomou impulso graças ao concurso e ao novo professor titular, Ítalo Suassuna. O professor Suassuna estimulava o aluno de graduação a colocar o “umbigo na bancada”. (6)
Foi nessa época, que pela primeira vez, nos colocamos diante da avaliação de nossos pares ao apresentar comunicação oral sobre uma droga (***). A Gentamicina. (7)
Os anos se passaram rápidos, mas não estou “velho e acabado”. Certamente faríamos mais e melhor, apesar da crise (8) que atravessamos nessa hora, um verdadeiro pesadelo.
“Eu me arrependo de tudo, pra fazer de novo e melhor”.
 Um autor espiritual explicou como ocorre o progresso espiritual, quando estamos em nova oportunidade fazendo, na reencarnação, uma “delação premiada”, como eu agora. É preciso apresentar provas (links).
O progresso pode ser comparado a montanha que nos cabe transpor, sofrendo-se naturalmente os problemas e fadigas da marcha, enquanto que a recuperação ou a expiação podem ser consideradas como essa mesma subida, devidamente recapitulada, através de embaraços e armadilhas, miragens e espinheiros que nós mesmos criamos.” (Evolução em Dois Mundos, capítulo. XIX, Reencarnação e Evolução)
Devemos ainda considerar que os efeitos da droga não se restringem apenas ao corpo físico, pois os espíritos perversos aproveitam a oportunidade para desagregar a personalidade, liberando dos arquivos do subconsciente as imagens de dramas vividos em outras encarnações. (9)
A pessoa que realiza o suicídio lento e inconsciente pelo abuso de drogas não tomou conhecimento das diversas evidências científicas, que apontam na direção da possibilidade de voltar a viver, em um novo corpo, na Terra.
Ela não sabe que o corpo de carne sofre a ação de um programador, organizador biológico, o períspirito, corpo celeste. Com o abuso de drogas em vida anterior, a pessoa inconsciente não sabe que se imprimiu marcas, ocasionando lesões no corpo espiritual.
Poderá haver lesão no cérebro material/espiritual. Isso se expressará através do DNA.
As características de personalidade do espírito desencarnado refletem-se no corpo espiritual, períspirito, e deste no corpo, tornando o cérebro vulnerável para algumas experiências da vida, gerando transtorno mental.
Esse assunto é tão fascinante que fomos convidados a apresenta-lo aos jovens acadêmicos no Núcleo Espírita Universitário, na UERJ, em 1999. (10)
Imagine desencarnar na cracolândia com Aids e tuberculose. (11)
Não só artistas usam drogas. Políticos, executivos, pessoas bem sucedidas na vida também usam. Certamente lhe veio à mente um nome. Uma realidade surge. As taxas de consumo são mais elevadas no subconjunto populacional em que as famílias não são coesas. Tanto que nossos adversários, encarnados e desencarnados, procuram desacreditar a família como uma instituição. Encorajam o divórcio fácil e enfatizam a necessidade de criar os filhos longe da negativa influência dos pais, como técnica de dominação. (12)
Nesse problema do abuso de drogas enfatizamos três pontos. O encontro de uma personalidade com uma droga psicotrópica, dentro de certo contexto social e cultural. (13) Na cracolândia (11) a droga é apenas um epifenômeno. Dussek faz refletir!

Referências


1. http://espiritualidades.com.br/Artigos/F_autores_FORMIGA_Luiz_textos/FORMIGA_
Luiz_tit_Cirurgiao_e_a_Doenca_da_Negacao-O.htm
2. https://oglobo.globo.com/cultura/acapulco-21404372#ixzz4iZcwVtRY
3. https://oglobo.globo.com/cultura/acapulco-21404372#ixzz4iZaxX97Y
4. https://www.youtube.com/watch?v=KbpTvLIEd5I
https://www.youtube.com/watch?v=u6LuGdvP65w
https://www.youtube.com/watch?v=x4IeBlzimaM
5. http://www.ceoe.org.br/ceoe/index.php/component
/content/category/14-ceoe-saude
6. https://espirito.org.br/artigos/universidade-da-alma-cidade-universitaria-do-espirito-2/
http://www.aeradoespirito.net/ArtigosLCF/UNIVERSIDADE_DA_ALMA_LCF.html
http://www.espiritualidades.com.br/Artigos/F_autores_FORMIGA_Luiz_textos
/FORMIGA_Luiz_&_FORMIGA_Andre_tit_Universidade_alma.htm
7. http://www.aeradoespirito.net/ArtigosLCF/DIF-D_LEPROES_AO_CLONE_ESTIGM_LCF.html
8. http://science.sciencemag.org/content/356/6340/812.2
9. http://cienciafilosofiareligiao.blogspot.com.br/2011/06/alcool-tabaco-cocaina-lsd-tudo-e-droga.html
10. http://juli.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=1987995
http://www.aeradoespirito.net/ArtigosLCF/EVID_CIENT_SUGESTIVAS_DE
_REENCARNACAO_LCF.html
11. http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2017/05/cracolandias.html
12. http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2017/05/sonho.html?m=1
https://rinconespirita.wordpress.com/dr-luiz-carlos-formiga-2017/
13. http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2015/09/espiritismo-suicidio-e-usuarios-de.html

             
(*) https://www.youtube.com/watch?v=H56QhWCIR9Q
(**) Methaqualone1 é um fármaco com efeito similar a barbitúricos
(***) La accion de la gentamicina sobre bacilos diftéricos. Symposium Latino-Americano sobre Infeccciones y gentamicina. “Estela” S.A. México, D.F. p 171-174. 1969.
Valoracion de gentamicina em el tratamento de enfermidades infecciosas. Symposium Latino-Americano sobre Infeccciones y gentamicina. “Estela” S.A. México, D.F. p 189-202. 1969.

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