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quinta-feira, 31 de março de 2016

Sobre a Materialidade do Mundo Espiritual

Leonardo Marmo Moreira

O nível de materialidade do mundo espiritual é altamente variável. A materialidade do mundo espiritual depende do nível de materialidade do perispírito (corpo espiritual que envolve o Espírito, isto é, o princípio inteligente do universo) da respectiva entidade e o nível de densidade do perispírito depende da evolução intelecto-moral do Espírito.

Assim sendo, as realidades espirituais que podemos encontrar ao desencarnarmos são completamente variáveis, uma vez que no mundo espiritual ocorre, de forma significativa, uma certa “separação do joio e do trigo". Portanto, ao contrário do mundo físico, no qual, conforme texto evangélico (Sermão da Montanha de Jesus) "Deus faz nascer o sol sobre bons e maus e cair a chuva sobre justos e injustos" (o que equivale a dizer que, durante a encarnação, o “joio” está bem misturado ao “trigo”, pois essa interação é útil para a evolução espiritual de ambos os grupos [“joios” e “trigos”], dentro da proposta de crescimento educacional que a vida física traz a cada um de nós), no mundo espiritual ocorre uma separação bem mais efetiva entre Espíritos de evoluções diferenciadas.

De fato, as regiões e os estágios de felicidade, paz, trabalho, materialidade do perispírito etc. dependem do crescimento espiritual do indivíduo (bondade intrínseca ao Espírito e produtividade no bem [“a cada um segundo suas obras”]). Se lembrarmos da segunda parte da obra "O Céu e o Inferno" de Allan Kardec, o Mestre Lionês explica-nos que Espíritos ainda muito atrasados (alguns cruéis mesmo!) necessitam sentir "dores físicas", pois não sentiriam nenhum tipo de arrependimento, remorso ou autocrítica. Ou seja, na falta da chamada “dor moral”, eles necessitavam de uma “dor física”, porque o perispírito não deixa de ser, de certa forma, físico, uma vez que é semi-material. Esse “incômodo” despertaria, lenta e gradualmente, a noção de justiça (“Causa e Efeito”) nos Espíritos ainda bastante primitivos.

Para Espíritos que já teriam algum nível moral, a chamada "dor de consciência" era muito mais "dura" e eficiente para a transformação moral do ser para melhor, pois muitas das sensações físicas já não seriam tão imprescindíveis para o progresso do Espírito. Assim, as possibilidades de trabalho e de realidade espiritual, inclusive de densidade perispiritual, são muito variáveis no mundo espiritual, dependendo do nível de conquista espiritual da respectiva Entidade. Logo, o ambiente em que ela estará inserida e as suas atividades pessoais serão mais ou menos elevadas, dependendo de sua elevação e sua atuação efetiva no bem, sobretudo na última encarnação.

Podemos também lembrar do "Há muitas moradas na casa do Pai", pois tal afirmativa não diz respeito apenas às diferentes “moradas físicas”, mas também aos diferentes planos de atuação da Entidade espiritual desencarnada. Essa variabilidade de tipos de tarefas espirituais teria, em princípio, essas causas básicas. Com base nas obras espíritas e na própria observação da heterogeneidade espiritual nos seres encarnados, percebemos que “as almas dos homens que viveram no mundo” (os chamados “mortos”) não devem estar restritos a pouco número de ambientes e com tarefas muito semelhantes. As tarefas e realidades espirituais dependem diretamente das conquistas espirituais efetivas de cada indivíduo, e, como nós sabemos, cada um está em um degrau específico, intelecto-moralmente, nessa grande "escada evolutiva". Um trabalhador braçal da Terra que não tenha grandes conquistas morais, mesmo que seja pessoa com bagagens significativas de outras encarnações, gastará, na melhor das hipóteses, um tempo significativo para buscar o desenvolvimento de trabalhos de naturezas completamente distintas das experiências por ele adquiridas previamente. Como os livros doutrinários costumam dizer: “A Natureza não dá saltos”.

Vale adir que André Luiz, Emmanuel, Chico Xavier e Divaldo Franco sempre afirmaram que o número de Espíritos desencarnados da Terra é bem maior do que o número de Espíritos encarnados terrenos, o que também sugere que o número de tipos de trabalhos no mundo espiritual deva ser bem expressivo.

Sobre a separação de ambientes, André Luiz deixa claro em sua obra o uso, quando necessário, de barreiras magnéticas (barreiras vibratórias), as quais circunscrevem, literalmente, regiões de atuação de determinado tipo de Espíritos.

André Luiz, por exemplo, não tem nem a oportunidade de visitar os Ministérios da Elevação e da União Divina, tamanha a diferença vibratória daqueles ambientes em relação ao nível que ele, André Luiz, apresentava. A mãe de André Luiz, por sua vez, vivia em esferas superiores a “Nosso Lar”, em um nível de densidade vibratória muito mais quintessenciado, com maior número de tarefas, maior nível de responsabilidade e afetando maior número de seres espirituais.

É possível perceber, portanto, que a obra de André Luiz, ao contrário do que muitos apregoam, não está em contradição com a obra de Allan Kardec no que se refere aos diversos níveis de materialidade e de tipos de trabalho que existem no mundo espiritual.

INQUIETAÇÕES (Jorge Hessen)


Jorge Hessen
ANSIEDADES
A ansiedade é o grande sintoma de características psicológicas que mostra a intersecção entre o físico e psíquico, uma vez que tem claros sintomas físicos, como taquicardia (batedeira), sudorese, tremores, tensão muscular, aumento das secreções, aumento da motilidade intestinal, cefaleia (dor de cabeça). Quando recorrente e intensa, também é chamada de síndrome do pânico (crise ansiosa aguda). Toda essa excitação acontece decorrente de uma descarga de um neurotransmissor chamado noradrenalina, que é produzido nas suprarrenais, lócus cerúleos e núcleo amigdaloide. [1]

A ansiedade, quando exorbita, torna-se causa de muitas enfermidades espirituais e decisões impulsivas, requerendo muitas vezes séculos para a devida reparação, sim, séculos! Jesus convidou-nos a vencer a preocupação exagerada, ou seja, a ansiedade doentia. Pronuncia o Mestre: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal". [2] A pessoa ansiosa, no desejo de acelerar o que imagina ser formidável o que há de advir, conquanto na maioria das vezes seja apenas simples capricho, atrai também dores e desgostos sobre si mesma.

As ansiedades crônicas desenham itinerários íngremes e jamais edificam algo de útil na vida de alguém. De tal modo que Emmanuel adverte: “se o homem nascesse para andar ansioso, seria dizer que veio ao mundo, não na categoria de trabalhador em tarefa santificante, mas por desesperado sem remissão.” [3] Uma criatura que vive entregue ao pessimismo e aos maus pensamentos tem em volta de si uma atmosfera espiritual escura, da qual aproximam-se Espíritos doentios. A angústia, a tristeza e a desesperança aparecem, formando um quadro físico-psíquico deprimente, que pode ser modificado sob a orientação dos ensinos morais de Jesus. [4]

Ademais, a conduta mental e espiritual de alguém, quando cultiva os sentimentos da ansiedade, impregna o organismo físico e o SNC (sistema nervoso central) com freqüências vibratórias infectadas que bloqueiam áreas por onde se espalha a energia vital, abrindo campo para a instalação dos múltiplos estados patológicos, em face da proliferação de agentes deletérios (microorganismos de origens psíquicas) degenerativos que se instalam. Por isso, a disciplina mental e emocional surge como sustentáculo do edifício das lutas rotineiras sob o influxo da resignação indispensável diante dos embates vitais ao nosso crescimento espiritual.

Quando experimentamos uma sensação de angústia, de ansiedade indefinível ou de íntima satisfação, sem que lhe conheçamos a causa, não podemos simplesmente atribuí-la unicamente a uma disposição física, pois “é quase sempre efeito da comunicação em que inconscientemente entramos com os Espíritos, ou da que com eles tivemos durante o sono.” [5] Nesse caso, o processo terapêutico advém da força espiritual quando canalizada de maneira correta sobre os alicerces da educação do pensamento e da disciplina salutar dos hábitos. É um embate sem tréguas, porém o esforço para levá-lo a termo construirá bases morais sólidas naquele que se predispõe a realizá-lo.

A ansiedade pertinaz como vimos pode ser um distúrbio associado à ocorrência da alteração da noradrenalina. Quando sua produção ou forma de produção se altera podendo ocasionar a ansiedade, entre outras patologias gravíssimas, torna-se uma porta escancarada. O uso dos fármacos pode estabelecer a harmonia química cerebral, melhorando o humor do paciente, no entanto cuida simplesmente do efeito, pois os medicamentos não curam a ansiedade mórbida em suas intrínsecas causas; apenas restabelecem o trânsito das mensagens neuronais, melhorando o funcionamento neuroquímico do SNC (sistema nervoso central). Se os médicos são malsucedidos tratando da maior parte das moléstias, é que tratam do corpo, sem tratarem da alma. Isso porque com Jesus os reflexos do passado serão apenas estímulos para nos entregarmos à lida renovadora e profícua, em prol das nossas existências porvindouras.

Sim, Jesus nos enviou como legado um dos mais poderosos medicamentos contra o desassossego mental-emocional: a Codificação espírita, cujos preceitos trazem à memória humana a certeza de que, apesar dos açoites aparentemente destruidores do destino, o homem precisa conservar-se de pé, denodadamente, marchando firme ao encontro dos supremos objetivos da vida, enfrentando serenamente os obstáculos como um instrumental necessário que Deus envia às suas criaturas.

Referências bibliográficas:

[1] Disponível em http://www.ansiedade.com.br/transtornos/ansiedade/ acesso em 29/03/2016
[2] Mt. 6:34;
[3] Xavier Francisco Cândido. Pão Nosso ditado pelo Espirito Emmanuel , cap. 8, RJ: Ed. FEB, 1999
[4] Kardec, Allan. Revista Espírita de maio de 1867, RJ: Ed FEB, 2000
[5] Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, questão 471, RJ: Ed. FEB, 1972



quarta-feira, 30 de março de 2016

Evolução (Parte II) – Especulação e perspectivas.

Roberto Bastos


A vida animal como a conhecemos poderá não ser mais a mesma no futuro, pois tudo muda até as formas animais, vegetais e, até mesmo, o ambiente.

No artigo anterior expomos as teorias e as coerências referentes a Evolução das espécies. Neste presente artigo observaremos as perspectivas sobre a vida animal no Planeta – com ou sem interferência do homem – e as especulações relativas ao futuro.
Atualmente observamos mudanças geológicas e climáticas no Planeta, que muito tem haver com a interferência da ação humana, tanto que alguns cientistas estão chamando esta era de “Era Antropozoíca” , ou seja, a marca do ser humano no planeta é fortíssima e interfere na dinâmica do planeta Terra.
Tamanha interferência ocorre no clima do planeta e na prática da caça. A poluição com a emissão de gases, somados aos processos naturais de aquecimento e explosões, levam a alteração do clima, fazendo as calotas polares e como consequência o habitat natural de algumas espécies estão ameaçados, levando-os a extinção, como no caso do urso polar e alguns sirênios (família das focas).
No caso da caça ou pesca predatórias atingem diretamente a cadeia alimentar gerando desequilíbrio. Fazendo predadores buscar outras fontes de alimentos, que serão disputados por outros animais e seres humanos, estes por sua vez os caçaram até a sua extinção.
Entretanto, toda vez que um predador é extinto, o próximo na escala ascende, tornando-se o predador-alfa de uma região.
Como disse uma vez Charles R. Darwin, a vida, a natureza encontra seus caminhos para continuar a vida e sua manutenção.
Com esta dinâmica alguns animais, provavelmente, se tornaram espécies dominantes, em virtude das mudanças do Planeta. Principalmente, tendo os processos meteorológicos, geológicos e climáticos como fatores preponderantes de mudança das espécies.
Contudo tais mudanças podem levar éons e talvez a humanidade não esteja presente para ver estas mudanças.
Segundo um trabalho especulativo da Discovery Networks e da BBC de Londres, alguma espécies evoluiriam em novos continentes e novos ambientes, quando estamos nos referindo a este novo cenário, referimo-nos a modificações dos espaços conhecidos por nós em nosso mundo. Em virtude das movimentações das placas tectônicas, alterações climáticas e formações vegetais adaptadas a nova conjuntura.
Neste contexto consumidores podem subir na cadeia alimentar, conforme foi apresentado pela BBC e Discovery Networks e pelo autor, em que roedores (consumidores secundários) se tornariam os predadores, enquanto felinos, canídeos e ursinos estariam extintos, dando espoaço para atender a cadeia alimentar, a continuação da vida e sua manutenção.
Esta especulação se baseia em observações comportamentais e da capacidade de existir de todos os seres viventes e com isto uma exposição sobre a continuidade da vida animal mo Planeta, a esperança.
Desta forma podemos concluir que a vida continua e possivelmente continuará e se manifesta de forma surpreendente e pedagógica.

Sendo assim, podemos compreender que o sentido da evoluçaõ é a capacidade de se adaptar e de melhorar como espécie e ser vivente.


terça-feira, 29 de março de 2016

SOBRE TRADUÇÕES DO PAI NOSSO


Leonardo Paixão (*)

Há um texto que circula na Internet (1) que diz ser a tradução do Pai Nosso em aramaico. Aqui já se começou o equívoco, pois Jesus, segundo os estudiosos, falava possivelmente hebraico e aramaico, sendo o último o mais usado em conversação diária "Os estudos linguísticos dos Evangelhos apontam para as palavras neles recolhidas que originariamente foram pronunciadas na língua semítica: hebreu ou possivelmente em aramaico" (2).

O hebraico e o aramaico são idiomas muito pobres, o hebraico possui 22 consoantes, não há nenhuma vogal em seu alfabeto, nos séculos V a X, viveram os massoretas (de "massorah" que significa tradição) e foram criados os sinais vocálicos para se identificar as vogais na escrita. 

As maiores evidências de que o texto que circula na Internet não é válido são, além das diversas traduções com aparentes pequenas variações, mas que trazem interpretações muito variadas, também a linguagem da suposta tradução em aramaico é moderna em sua forma.

Vejamos aqui as traduções do texto grego por João Ferreira de Almeida, Severino Celestino da Silva e Haroldo Dutra Dias:

Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome.

Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu.

O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.

Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.

E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!

(Tradução de João Ferreira de Almeida. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD Editora. Mateus 6: 9 a 13).

Pai nosso dos céus, santo é o teu nome, venha o teu reino, tua vontade se faz na terra como também nos céus.

Dá-nos hoje nossa parte de pão. Perdoa-nos as nossas culpas, quando nós perdoamos as culpas de nossos devedores.

Não nos deixes entregues à provação; porque assim nos resgatas do mal.

Amém (ou, que assim seja, que possa ocorrer assim).

(Analisando as Traduções Bíblicas - refletindo a essência da mensagem bíblica

Severino Celestino da Silva. - 6a. ed. 4a. reimpressão. -João Pessoa: Ideia, 2009).

Pai nosso, [que estás] nos céus, santificado seja o teu nome, venha o teu reino; seja feita a tua vontade, como no céu, também sobre a terra. O pão nosso diário, dá-nos hoje, perdoa-nos as nossas dívidas, como também perdoamos nossos devedores; e não nos introduzas em tentação, mas livra-nos do mal.

(Novo Testamento/tradução Haroldo Dutra Dias; revisor Cleber Varandas de Lima. – Brasília (DF), Brasil: Conselho Espírita Internacional, 2010. p. 55. Mateus, 6: 9 a 13).


Referências: 

(1) www.nossosaopulo.com.br/Espiritismo/A_PaiNosso.htm
investigador-cristao.blogspot.com.br/2010/04/pai-nosso-aramaico-pai-mae-no-original.html?m=1

(2) opusdei.org.br/pt-br/article/que-lingua-jesus-falava/
mundoestranho.abril.com.br/materia/que-lingua-jesus-falava

(*) Leonardo Paixão é Teólogo formado pela Faculdade de Educação Teológica de São Paulo (Curso Livre) e espírita, colaborando com um grupo de amigos de ideal no Grupo Espírita Semeadores da Paz.









































































































Amar os Inimigos (Mateus, 05:43-48)



− Aprendestes o que foi dito:
“Ao teu próximo amarás;
Como também o contrário,
Ao teu inimigo odiarás”.

Todavia, neste momento,
Eu, claramente, vos digo,
Em verdade, tão-somente:
Amai vosso inimigo,

Fazei o bem, portanto,
Àqueles que vos odeiam,
Orai pelos que vos perseguem
E, ao mesmo tempo, vos caluniam;

A fim de serdes filhos
De vosso Pai adorado
Que está sempre nos Céus...
Falou o Mestre amado.

E, continuando, disse:
− Que faz o sol nascer
Sobre os bons e os maus,
Usando do Seu poder;

E que, também, faz chover
Sobre os homens justos,
E, de maneira equivalente,
Sobre os que são injustos,

Porque, se só amardes
Os que vos amam, realmente,
Que recompensa tereis,
Se outros o fazem, igualmente?

Não são, assim, os publicanos?
E, se saudardes, somente,
Os que são vossos irmãos,
O que fazeis de diferente?

Não agem, assim, os gentios?
Se quiserdes a perfeição,
Tereis que amar a todos
Como amais a vosso irmão.

Sede, então, melhores,
Compreendendo, afinal,
Que a perfeição absoluta
Pertence ao Pai Celestial.


quarta-feira, 23 de março de 2016

“PALAVRÃO” - EXPRESSÃO DO EMPOBRECIMENTO MORAL (Jorge Hessen)





Filólogos divergem quanto à classificação das palavras de baixo calão e de suas acepções entre ofensivas ou populares. Uma palavra de baixo calão (palavrão) é uma expressão que diz respeito ao grupo de gíria e, dentro desta, apresenta reles, impróprio, afrontoso, grosseiro, obsceno, agressivo ou depravado sob o ponto de vista de alguns conceitos religiosos ou estilos de 

Uma simples palavra, quando proferida nas ocasiões “certas”, seja ela de estímulo ou de desestímulo, provoca indícios, em quem ouve, de que pode reagir, positivamente, e modificar a sua maneira de pensar sobre determinada circunstância da vida. Por outro lado, a mera palavra pronunciada em momento “inadequado” pode ser motivo de grandes dores 

A recente publicidade das “escutas” telefônicas pela justiça brasileira tornou público múltiplos conteúdos constrangedores de algumas autoridades. O que nos prendeu a atenção foram os diálogos mantidos através de um festival de palavrões totalmente inaceitáveis nos vocábulos de quaisquer representantes do povo (prefeitos, governadores, ministros). Tais personagens que xingam (com palavrões) ignoram que estão transgredindo o artigo 140 do Código Penal.

O costume do “palavrão” carrega a sua influência, complexidade e contra-senso. Como expressão do empobrecimento moral a palavra depravada (palavrão) é interdita em todas as instâncias ajuizadas, mas em vez de evitá-las, como recomenda a elegância social, são usadas repetidamente. As palavras de baixo calão são associadas à exaltação ou frustração e por vários outros pretextos nas diferentes circunstâncias de relação social. O uso do palavrão, ao invés de resolver crises emocionais, pode remeter às barras da justiça e ainda trucida a saúde espiritual do seu autor. Qualquer palavra de baixo calão é um despautério verbal e é crime. Xingar denota descompostura nas interações pessoais e sanciona a restrição ética de quem xinga.

Muitas pessoas creem que o xingar é, “apenas”, uma resposta instintiva para algo doloroso e imprevisto como, por exemplo, bater a cabeça na quina do armário, uma topada inesperada em algum obstáculo ou ainda, quando nos vemos diante de alguma frustração ou aborrecimento. Esses são os momentos mais comuns de as pessoas apelarem para as expressões de baixo calão, e muitos pesquisadores acreditam que eles “ajudam” a aliviar o estresse e a dissipar energia, da mesma forma que o choro para as crianças. Obviamente não aprovamos tal argumento que por si só é astucioso.

Que de nossa boca sejam, apenas, emitidas palavras voltadas ao bem, à harmonia e à paz. Para esse imperativo, devemos intensificar a disciplina e o treinamento verbal constante, pois que na vida social estamos viciados a lidar com a expressão verbal muito levianamente. Lembremos, porém, que sempre seremos responsáveis pelas consequências, diretas e indiretas, das palavras que proferimos a esmo.


Pessoas sóbrias no trato com o próximo não se expressam de forma vulgar, pois fazem uso, unicamente, do verbo elevado. Portanto, extinguir o lixo mental é importante decisão para prosperarmos na ciência da boa conversação. As palavras são os reflexos dos pensamentos; quando pensamos com bondade e compreensão, é isso que nossas palavras refletirão.

terça-feira, 22 de março de 2016

Segundo a “Palavra”



“Pergunta-se: que proveito podia o povo tirar dessa multidão de parábolas, cujo sentido se lhe conservava impenetrável?” (...) (1).

Os Evangelhos, ditos por parábolas, estão na boca do povo cristão; porém, interpretados ao “bel-prazer”, em virtude de serem escritos em metáforas. Assim, como tirar de tantos escritos a verdade, se cada um, de várias correntes evangélicas, tem lá a sua interpretação?

Para selecionar e elucidar a multidão de parábolas, a misericórdia Divina, sobre o comando do Mestre Jesus, enviou-nos o Consolador Prometido, as “vozes dos Espíritos”, ou seja, o Espiritismo: (...) “Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.” (...) -- O Espírito de Verdade. (2)

Há, porém, alguns conceitos firmados por Jesus que, não resta a menor dúvida, são claros, perfeitamente compreensíveis, definidos no seu sentido, no seu significado!..

Diz Allan Kardec: (...) “É de notar-se que Jesus somente se exprimiu por parábolas sobre as partes de certo modo abstratas, da sua doutrina. Mas, tendo feito da caridade para com o próximo e da humildade condições básicas da salvação, tudo o que disse a esse respeito é inteiramente claro, explícito e sem ambigüidade alguma. Assim devia ser, porque era a regra de conduta, regra que todos tinham de compreender para poderem observá-la. Era o essencial para a multidão ignorante, à qual ele se limitava a dizer: “Eis o que é preciso se faça para ganhar o reino dos céus”. (...) (3) 

A caridade, conforme consta em Mateus: “Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do reino que vos foi preparado desde o princípio do mundo; --- porquanto, tive fome e me deste de comer; tive sede e me destes de beber; careci de teto e me hospedastes; --- estive nu e me vestistes; achei-me doente e me visitastes; estive preso e me fostes ver”.

“Então, responder-lhe-ão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? --- Quando foi que te vimos sem teto e te hospedamos; ou despido e te vestimos? --- E quando foi que te soubemos doente ou preso e fomos visitar-te? --- O Rei lhes responderá: Em verdade vos digo, todas as vezes que isso fizestes a um destes mais pequeninos dos meus irmãos, foi a mim mesmo que o fizestes.” 

“Dirá em seguida aos que estiverem à sua esquerda: Afastai-vos de 

mim, malditos; ide para o fogo eterno, que foi preparado para o diabo e 

seus anjos; --- porquanto, tive fome e não me deste de comer, tive sede 

e não me destes de beber; precisei de teto e não me agasalhastes; estive sem roupa e não me vestistes; estive doente e no cárcere e não me visitastes.” 

“Também eles replicarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome e não te demos de comer, com sede e não te demos de beber, sem teto ou 

sem roupa, doente ou preso e não te assistimos? --- Ele então lhes responderá: Em verdade vos digo: todas as vezes que faltastes com a assistência a um destes mais pequenos, deixastes de tê-la para comigo mesmo. “ (4) 

A reencarnação, Mateus: “Jesus, tendo vindo às cercanias de Cesaréia de Filipe, interrogou assim seus discípulos: “Que dizem os homens, com relação ao filho do homem ? Quem dizem que eu sou ? -– Eles lhe responderam: “Dizem uns que és João Batista; outros, que Elias; outros, que Jeremias, ou algum dos profetas” --- Perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?” –- Simão Pedro, tomando a palavra, respondeu: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo”. --- Replicou-lhe Jesus: “Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que isso te revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” (...) (5)

(Após a transfiguração.) Seus discípulos então o interrogavam desta forma: “Por que dizem os escribas ser preciso que antes volte Elias? “ --- Jesus lhes respondeu: “É verdade que Elias há de vir e restabelecer todas as coisas: --- mas, eu vos declaro que Elias já veio e eles não o conheceram e o trataram como lhes aprouve. É assim que farão sofrer o filho do Homem.”--- Então, seus discípulos compreenderam que fora de João Batista que ele falara.” (6) – (...) 

Sem reencarnar, sem passar o Espírito por muitas experiências na vida física, não alcançará o “sede perfeitos”, anunciado por Jesus!.. (...) “O escolar não chega aos estudos superiores da Ciência, senão depois de haver percorrido a série das classes que até lá o conduzirão!.”. (7) 

Segundo a “palavra”: “Fora de caridade não há salvação“, e “ninguém poderá ver o reino de Deus se não nascer de novo!..” 

Bibliografia
(1) - E.s.E. - cap. XXIV, 6 
(2) - E.s.E. - prefácio 
(3) - E.s.E. - cap. XXIV, 6 
(4) - Mateus - cap. XXV, 31 a 46
(5) - Mateus - cap. XVI, 13 a 17
(6) - Mateus - cap. XVII, 10 a 13
(7) - E.s.E. - cap. IV, 26

Cachoeiro de Itapemirm, ES.
Domingos Cocco
domingoscocco1931@yahoo.com.br 
Rua Neca Bongosto n° 06 – Bairro Sumaré
Telefone: (28) – 3522-4053 – CEP 29304-590



Cachoeiro de Itapemirm – Estado do Espírito Santo

Sexualidade, essência, ou potencial, atributo de Deus na vida

Nota de esclarecimento: 
“O artigo abaixo trata-se do exercício natural do direito que cada qual tem de pensar por si mesmo e de abraçar os pontos de vista que lhe parecem os melhores. Não nos compete censurar opiniões, ainda mesmo que não defendamos na íntegra as concepções do autor.    
Assim, deixamos aos leitores o encargo de analisar tudo quanto o autor expõe ou sugere no artigo, pois o mesmo direito que tem o articulista de argumentar , temos todos o mesmo direito de refutar , de aceitar, ou não, os seus argumentos.”


José Sola/SP
O espiritismo em sua essência é uma doutrina lidima, sem qualquer dogma, tabu, ou preconceito, entretanto, na pratica alguns espíritas, trazem ainda resquícios da religião católica ou protestante, e o conservam, encontrando uma dificuldade imensa para desvencilhar-se deles.

O sexo está envolto por um tabu que alguns espíritas aderiram quando de passagem por essas religiões, e a assimilação desse tabu, leva ainda alguns confrades, a ver a pratica do sexo como um ato pecaminoso, mesmo com este alerta maravilhoso de nosso amigo Emmanuel, quando nos informa que sexo é harmonia e vida no conjunto do universo.

E quanto aos católicos, acreditam que o sexo seja pecado, por haver o clero estatuído o dogma do celibato, entretanto, a igreja não criou este dogma para atender os princípios morais da religião, mas unicamente para atender as questões politica, e financeira, da mesma, pois se fosse permitido, aos padres, bispos e freiras, casarem-se, a igreja teria que dividir sua fortuna com a família desses membros, e a mesma não possuiria o poder e a riqueza que possui. 

Entretanto o dogma do celibato foi ensinado aos fieis católicos, como um ato moral, como uma necessidade de abstinência do sexo, necessária para a conquista da santidade, para isto se utilizaram do fato de Jesus não haver se casado, criaram ainda o dogma da Imaculada Conceição, no concilio de Nicéia, afirmando haver Jesus nascido por obra e graça do espírito santo, isto tudo para dar uma conotação pecaminosa ao sexo, e ainda hoje os fieis fervorosos da religião católica acreditam que o relacionamento sexual seja pecado; digo isto com conhecimento de causa, pois tenho amigos católicos que ainda acreditam nesse santo pecado.

Perguntamos: Será que se Jesus houvesse se casado, lhe teriam reconhecido as virtudes divinas que Este possui?

Com certeza não, pois entenderiam que Ele houvesse praticado o pecado original, e mais não poderiam explorar as mentes humanas, iludindo-as na ignorância, impingindo-lhes a crença de que o sexo é pecado.

Mas de uma forma menos acentuada, já não mais acreditando na necessidade do celibato, alguns espíritas, como dito, acreditam que a pratica do sexo tenha algo de impuro, pois tenho tido conhecimento de alguns confrades que ensinam nas escolas espíritas, e aos trabalhadores da casa de um modo geral, que não se deve praticar o sexo na noite anterior a um trabalho espiritual, e que não se deve tampouco praticar o sexo após a vivencia de uma reunião espiritual.

O único empecilho que eu vejo em praticar-se o sexo antes de um trabalho espiritual é o desgaste físico, pois o médium deve estar na melhor condição física possível, para a realização da reunião espiritual, mas para repor nossas energias, teremos a noite toda; e o que é que depõe contra a moral do espírita a prática do sexo após uma reunião espiritual, pois quando saímos de uma casa espírita, felizes repletos de boas vibrações, não passamos com nosso cônjuge em um restaurante, ou uma pizzaria, para comer algo, acredito que com isto estamos vivendo uma necessidade fisiológica agradável, e o sexo também é uma necessidade física, que complementa a felicidade, em que nos demoramos.

Pergunto: E para nós espiritas, Jesus teria a mesma sublimidade, seria o arquiteto divino que colocou a Terra em orbita ao redor do Sol, conforme nos informam André Luiz e Emmanuel? Ou deixaria de ter esta sublimidade pelo fato de haver-se casado, e constituído família?

Eu entendo que o espiritismo compreende o sexo como uma força Criadora no universo, ou conforme o amigo Gabilan um potencial divino que propicia a vida se expanda, se mature na eternidade, e no momento evolutivo em que nos demoramos, enquanto encarnados na Terra, regidos por uma Lei Natural, somos levados a viver o sexo no seu momento copula, pois esta pratica é que propicia a procriação dos seres.

Alguns espiritas mais ortodoxos me perguntarão, mas então porque Jesus não se casou?

Simples, a missão do Mestre Divino não se resumia a constituir uma família sanguínea, sua família é e será sempre os habitantes da Terra, e Ele próprio o disse; quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?

E tendo o conhecimento pleno de que estaria sendo crucificado, - embora não haja vindo para isso, pois a finalidade de sua vinda era revelar-nos a Boa Nova - não vivendo a necessidade da cópula, não se casou, pois se o fizesse, estaria deixando viúva e órfãos na Terra.

Lembrando ainda de que sua Missão Sublime o impossibilitava de constituir família, pois no desempenho de seu desiderato se demoraria como um andarilho, pregando a Mensagem da Boa Nova, em Jerusalém, tanto quanto em outras cidades vizinhas, e com isto teria que abandonar sua família.

E eu pergunto Allan Kardec, embora saibamos que não tem a evolução de Jesus, entretanto o sabemos um espirito superior, espirito este que reencarnou com a sublime missão de codificar o espiritismo, ao casar-se, viveu o pecado original e perdeu a sublimidade adquirida?

Eu entendo que não, acredito que ele continuou sendo o espirito iluminado quanto o era enquanto desencarnado, e para obter êxito em sua missão o casamento o favorecia.

O espiritismo não vê o sexo como fonte do pecado, mas como um patrimônio de Deus a manifestar-se no universo, conforme André Luiz em o livro “Evolução em dois Mundos” sexo é força Criadora a manifestar-se de Deus na Vida, este atributo, este potencial que se manifesta de Deus no universo, não pode ser a fonte do pecado, pois não dá para que acreditemos que o mal tenha como fonte o Criador.

E outra coisa importante a ser lembrado, Jesus não foi criado por Deus perfeito, é um irmão nosso que iniciou sua caminhada em busca da individualidade no reino do minério, muitos bilenios antes do que nós, e não difere em sua essência de nenhum de nós, também herdou de Deus os infinitos atributos que herdamos do Eterno para que nos maturemos na eternidade, e o sexo foi um dos atributos que lhe possibilitou a ascensão divina, a sublimidade em que hoje se demora. 

Ou será que ignoramos de que a sexualidade é um mecanismo imprescindível da evolução? E este mecanismo vem se maturando junto a centelha divina desde o reino do minério.

Não nos esqueçamos a fonte originária da vida é única, e não existem privilegiados ou parias, somos todos iguais perante Deus, Jesus assim como infinitos outros Avatares divinos herdaram de Deus, os infinitos atributos que trazemos em potencial no núcleo da alma, a maturar-se na eternidade.

No programa do Pinga Fogo, questionaram o médium Francisco Candido Xavier a respeito do sexo, provavelmente imaginaram que ele fosse se confundir, pois não havia se casado, não saberia o que responder, mas nosso Chico como sempre respondeu de forma inteligente e lógica, “a pratica do sexo é uma necessidade tanto quanto a da alimentação, importa, entretanto a moderação, assim como ingerir alimento em excesso prejudica a saúde, o sexo também”.

Lógico que não faço aqui uma apologia ao amor livre, menos ainda a infidelidade, pois entendo que o sexo é um patrimônio divino, que devemos respeitar, e sei das consequências geradas de nossa parte, quando fazemos mal uso do mesmo; André Luiz nos revela em seu livro “ No Mundo Maior” não haver podido visitar nesta ocasião, a região das trevas em que se encontravam os espíritos que haviam abusado na pratica do sexo, pois não estava ainda preparado para apreciar as cenas violentas que ali se desenrolavam.

O sexo ou sexualidade é um instrumento imprescindível ao mecanismo da evolução, pois é através do relacionamento de um casal, que pelas portas benditas da reencarnação, volvemos a Terra, para rever nosso passado, aproveitar o presente, dando curso à evolução que nos esta reservada na eternidade; mas sendo esse instrumento divino, nem por isso deixa de ser também um instrumento de prazer, que complementa nosso amor, propiciando-nos a felicidade.

Não sei por qual motivo, onde fomos buscar a crença de que para atingirmos a perfeição, evidentemente relativa ao desprendimento da matéria, - pois a evolução vai ao infinito, somos perfectíveis, perfeito é somente Deus, - temos que viver todas as experiências que propiciam ao espírito os meios de conquista e aprendizado.

Analisada esta questão de forma lógica e racional, vemos que isto é impossível, vejamos.

Todos nós fomos papas, padres, freiras, duques e duquesas, reis e rainhas, no meu entender não, e pelas experiências de reis e rainhas, duques e duquesas, não passaremos mais, pois se extinguiu esta possibilidade.

Alguns confrades palestrando, dizem que nossos sofrimentos, nossas dificuldades na vida, se devem ao fato de havermos atirado pedras em Jesus no ato da crucificação, entendo esta colocação como uma metáfora, pois em contrário, teríamos que admitir que a humanidade inteira estivesse presente a este momento, e a maioria apedrejando ao Cristo; explicar que se trata de uma metáfora é bom, pois há os que acreditam ao pé da letra.

Por ventura cremos que todos nós em humanidade, já fomos um sacerdote das sombras, como aqueles espíritos de que nos relata André Luiz em seu livro "Libertação", eu creio que não, e Kardec o confirma em o "Livro dos Espíritos", na questão 120, vejamos: "Todos os espíritos passam pela fieira do mal para chegar ao bem?” Não pela fieira do mal, mas pela da ignorância. 

Ainda Kardec na questão 261 - O espírito, nas provas que deve sofrer para chegar à perfeição, terá que experimentar todos os gêneros de tentações? Deverá passar por todas as circunstancias que possam provocar-lhe o orgulho, o ciúme, a avareza, a sensualidade, etc.?

Certamente que não, pois sabeis que há os que tomam desde o principio, um caminho que os afasta de muitas provas. Mas aquele que se deixa levar pelo mau caminho, corre todos os perigos do mesmo. Um espírito pode pedir a riqueza e esta lhe será dada; então segundo o seu caráter, poderá tornar-se avarento ou pródigo, egoísta ou generoso, ou ainda entregar-se a todos os prazeres da sensualidade. “Mas isto não quer dizer que ele devia passar forçosamente por todas essas tendências”.

Se tivéssemos que passar por todas essas experiências como nos afirmam alguns, haveria uma fatalidade apropriada para conduzir-nos ao mal, o que é um contra senso, pois teríamos que admitir que o livre arbítrio seja uma utopia, pois praticar o mal seria uma fatalidade, um desígnio de Deus.

É lógico que os espíritos não quiseram dizer com isto, que não vivemos a maldade em momento algum, pois na maturação do espírito, no desenvolvimento da vida, não temos como fugir aos vícios, ao ciúme, a inveja, etc. e estes comportamentos geram a maldade.

O que nos pretenderam informar é que não vivemos todos a maldade requintada, calculada, metódica, como a vivem os criminosos, ou aquelas entidades trevosas de que nos fala André Luiz; vivemos uma maldade impulsiva, filha da ignorância, - e a ignorância nos leva a praticar o mal, às vezes mesmo quando tentamos acertar - que se dissolve com facilidade, perante o amor divino, que se manifesta de Deus na vida.

Esclareço isto porque, alguns confrades têm se utilizado desta questão apresentada por Kardec, para afirmar que Jesus fez uma evolução diretiva, seguindo somente o caminho do bem e do amor, atingindo a condição angelical em que se demora, e, esta possibilidade não existe, pois a ignorância gera erros, desacertos, levando-nos a reprisar as experiências, em outras palavras, a ignorância nos leva muitas vezes a praticar o mal, mesmo, quando estamos tentando acertar.

Ainda outra analise que nos leva a crer da impossibilidade desta hipótese, nós estamos reencarnados no Brasil, enquanto que outros espíritos estão reencarnados em outros países, nós estamos vivendo uma experiência diferenciada da deles, pois cada país tem um costume, um comportamento diferente de viver, então não estamos vivendo as mesmas experiências.

Alguém dirá, mas de futuro nós estaremos reencarnados nesses países, mas mesmo que reencarnemos, não estaremos vivendo as mesmas experiências, pois as mesmas se modificam, lembrando ainda que enquanto estivermos passeando por esses países através da reencarnação, estaremos perdendo a oportunidade de viver as experiências aqui no Brasil.

Outro fator relevante que deve aqui ser lembrado, são as experiências vividas por vultos como Einstein, Galileu, Arquimedes, Pitágoras, etc., pois estes gênios viveram experiências que nós não estaremos vivendo, por exemplo: Einstein equacionou a relatividade, a ciência não se demora reprisando a mesma experiência, por haver esta se corroborado como verdadeira, a conhecemos e aceitamos, aplicando-a no avanço que se tem alcançado no campo da ciência, lembrando ainda de que não somos todos cientistas, e, que muitos de nós poderemos jamais ser, pelo menos aqui na Terra, e aqueles que o formos, estaremos vivendo experiências mais avançadas, sustentadas nas descobertas desses gênios.

Não podemos nos esquecer de que experiência é experimento, prática da vida, habilidade, perícia, mas é também o conhecimento que nos é transmitido, como visto anteriormente não necessariamente, temos que viver um experimento para adquirir-lhe o conhecimento, pois ninguém precisa viver o vicio das drogas para saber-lhe os efeitos danosos, o sabemos por verificação, observando o efeito desta em que a consome etc.

Então vem a celebre pergunta, necessitamos ou não viver as experiências reencarnando na Terra como homens e como mulheres?

Por necessidade de vivermos a experiência não, pois seria contraditório que a Lei Divina dispensasse esta necessidade nos demais setores da evolução, exigindo esta necessidade apenas neste capitulo da vida, estaria sendo unilateral, o que contraria o principio vigente da Lei, pois esta é equitativa, não é parcial.

Como visto em o tema Sexo Sublimado escrito por mim, assim como não existem amores variados ou infinitos, mas momentos diferentes de ser do amor, pois o amor é essência única, é manifestação de Deus na vida, o sexo também o é, não existe sexo masculino e feminino, mas um sexo único, que responde a esses dois momentos de ser, em potenciação, pois o sexo masculino e feminino, respondem à necessidade de procriação das espécies sendo que a diferença mais acentuada desses sexos acontece no reino animal, racional e irracional, no campo da genética.

A sexualidade é bipotencial, ou seja, contém em potencial, o masculino e o feminino, fossem sexos separados, e, tornar-se-ia complicado explicar o hermafroditismo, em que o indivíduo, manifesta os dois sexos, a transexualidade em que, o homem ou a mulher psicologicamente insatisfeitos com o sexo, fazem à cirurgia, buscando a conformação da mente, do espírito é claro; esta inconformação não existiria, pois não haveria no “eu”, a dualidade dos sexos, tampouco haveria como acontecer o hermafroditismo, pois o espírito traria seu sexo definido, como masculino ou como feminino.

Quando o espírito se libera das paixões e vicissitudes, liberta-se dos escombros da matéria, e, a partir desse momento, o sexo ou potencialidade, deixa de manifestar-se de forma diferenciada, pois as funções de procriação e relacionamento deixam de existir, passando a ser idêntica a permuta entre o homem e a mulher, transformando-se em troca de magnetismo e de amor.

Mas infelizmente o desconhecimento desta causa, é que faz acontecer, esta guerra de diferenças, levando-nos ao desenvolvimento do machismo e do feminismo, em que nos acreditamos favorecidos ou prejudicados, por nos demorarmos neste ou naquele sexo, afirmando que sofremos mais do que no sexo oposto, que tolice nosso sofrimento maior ou menor, nada tem a ver com o sexo em que nos demoremos, mas com a transgressão em que nos detenhamos perante a Lei Divina.

No entanto, acredito sim que reencarnamos no sexo masculino e no feminino, por necessidade, devido as nossas fraquezas e vicissitudes, pois transgredimos a Lei Divina e necessitamos viver estas experiências para a nossa rearmonização, qual é o homem ou a mulher que não viveu a infidelidade, não prejudicou seu parceiro na caminhada evolutiva, e, infelizmente isto continua acontecendo ainda. 

As experiências se equivalem no capitulo da ação e reação, ou seja, embora as experiências sejam diferentes em sua vivência, manifestam efeitos que trazem a mesma consequência dolorosa, caso em contrário a Lei Divina se demoraria falha.

As mulheres acreditam que todo homem tem que ser mulher um dia para sentir a experiência da dor física do parto, entretanto o homem por sua vez sofre em determinados momentos da vida, a dor moral como, por exemplo, quando desempregado, tem que trazer o sustento para a esposa e para os filhos e não o consegue, então como homem, se ignorante do principio da vida, dirá que a dor moral é maior que a dor física, etc. e tal. Este é somente um exemplo dos muitos que poderíamos citar, entretanto neste capitulo estamos ambos enganados, pois a dor nas suas variadas modalidades é o buril de que se utiliza o Artista supremo da vida no universo, para esculpir sua obra prima, o homem ou a mulher, o eu inteligente e eterno.

O protótipo da vida e da evolução no universo é único, mas as experiências para que conquistemos essa evolução são infinitas, lembrando, entretanto de que uma experiência não necessariamente tem que ser adquirida por experimento pode ser adquirida através do conhecimento, mesmo porque, muitas das experiências que nos interessam mais de perto no campo da evolução, não nos oferecem mais as condições de serem reprisadas, e outras porque a lógica dos fatos a afirma seria inútil e ignorância mesmo, não aceitar as experiências vividas e confirmadas por homens da ciência, porque não acompanhamos a mesma, no campo da análise ou da pesquisa.

Infelizmente alguns homens de ciência, negam as experiências que não podem manipular, negam fenômenos que se repetem e se confirmam, pelo fato de acreditarem que experiências aconteçam unicamente no campo das analises realizadas por mãos humanas em seus laboratórios, aceitando, contudo as experiências realizadas por Einstein sem haverem participado dessas experiências.

Dir-me-ão, as aceitamos por podermos reproduzi-las, e é verdade, mas o que não podemos esquecer é que a manifestação inteligente da vida é um fato, é uma experiência que se repete constantemente e esta disposta a nossa observação lógica; não valem as experiências que nos escape ao domínio de reproduzi-las, mesmo quando as observações das mesmas comprovem um fato?

Valem sim, são aquelas experiências adquiridas pelo conhecimento, pois retro verificado, vimos que existem experiências apreendidas, que não oferecem condições de analise, mas a lógica as corrobora.

E quanto afirmarem alguns espiritas que os espíritos evoluídos não vivem mais a sexualidade, ou essência, ou ainda a potencialidade masculina e feminina, não concerne com a realidade, pois Jesus é o arquiteto divino que colocou a Terra em orbita ao redor do Sol, e se apresenta na espiritualidade, com a forma masculina, a menos que acreditemos que Ele se demore como uma centelha informe, pois infelizmente muitos espíritas acreditam nesta possibilidade.

Já vimos em outro momento de que o espirito não tem forma definida, ele desenvolve a forma, pois se tivesse forma definida, não teria como haver vivido as múltiplas formas por que passou nos reinos inferiores da natureza, e mais, nas reencarnações sucessivas o espirito repetiria sempre a mesma configuração. 

A configuração masculina ou feminina que os espíritos apresentam na espiritualidade, independente da evolução em que estes se demorem, é uma configuração de sexualidade, ou potencialidade, como queiramos. 

E não é apenas a configuração masculina ou feminina que sustenta nos espíritos sublimes a potencialidade, essência, ou sexualidade, mas também o comportamento psicológico, os espíritos que conservam a configuração masculina, embora manifestem o amor, a doçura, a meiguice, destacam a lógica e a razão que se apresenta com mais evidencia nestes espíritos; já os espíritos que conservam a configuração feminina, embora conservem também a lógica e a razão, destacam-se na doçura, e na meiguice, e enquanto os espíritos não conquistam as condições de se comunicarem através da telepatia a tonalidade da voz também se diferencia na expressão desses dois opostos, que no contesto da vida se complementam, se completam um ao outro.

No intento de nos desembaraçarmos da letra, estou evitando apresentar a palavra sexo, e procurando definir uma questão de importância fundamental na doutrina espirita, me utilizo dos vocábulos essência, sexualidade, ou potencial, lembrando de que esses vocábulos traduzem a mesma coisa se não nos ativermos à letra, pois potencial conforme o dicionário Aurélio significa relativo a potencia; poder ou força potencial, em projetos de elétrica nos utilizamos muito deste vocábulo, pois o mesmo significa força. 

Então podemos afirmar de que potencial, essência, ou sexualidade, não são outra coisa que não uma força (atributo) que se manifesta, de Deus na vida do universo, e pelo que aprendemos em espiritismo, o universo é um eterno vir a ser, nada se cria, tanto quanto nada morre tudo se modifica e se transforma; será que verdadeiramente este atributo de Deus se extingue com a evolução do espírito?

Pelo que podemos apreciar, observando a vida conforme os parâmetros da lógica e da razão, esta sexualidade, esta potencialidade, ou esta essência, preexiste à vida do “ser” quando na maturação a substância inicia sua caminhada rumo à individualidade no reino do minério, pois apreendemos em física de que os átomos formam as células, tanto quanto as moléculas, e estas formam a matéria sólida, liquida e gasosa, e apreendemos em física de que os átomos são dotados de potencialidade negativa e positiva.

Esta potencialidade, ou esta força, é que determina mesmo a formação do átomo, pois apreendemos em física de que o elétron orbita em torno do núcleo do átomo, por ser um corpúsculo carregado de carga elétrica negativa, sendo que o próton é um corpúsculo carregado de carga elétrica positiva, e sabemos que cargas de sinais diferentes se atraem.

Sabemos de que um átomo de hélio possui em seu núcleo dois prótons, e para que o mesmo não se desmanche, pois são ambos carregados de carga elétrica positiva, possuem também dois neutros, somos informados de que sinais de cargas iguais se repelem, então os neutros interagem com os prótons, e também com os mesons, e essa permuta que acontece entre prótons e nêutrons foi descoberta por Van der Waals.

Então não temos como negar que esta força, esta potencialidade, ou sexualidade, antecede a formação da matéria.

Podemos de esta apreciação deduzir que o nêutron não é propriamente neutro, que ele exerce uma força, ou energia, - mas não é o momento de tratarmos desta questão, aqui o apresento como mais uma informação, pois a própria física ainda não descobriu a constituição da mesma - que lhe permite receber a carga elétrica positiva do próton e devolvê-la, tal qual, dois jogadores de tênis, quando rebatem a bolinha, um deles é próton o outro é nêutron, a bolinha é carga elétrica; como podemos apreciar, ambos são próton e nêutron, dependendo com quem esteja a carga elétrica.

Estaríamos apresentando um questionamento aos espiritas que alegam de que o espirito não tem sexualidade, inquerindo em que momento da matéria esta potencialidade, esta força, é elaborada, mas creio que este questionamento não tem mais sentido, pois como visto esta força antecede a formação da matéria.

E como pudemos apreciar esta potencialidade, esta força, ou sexualidade, se manifesta no todo do universo, no campo do macro como e também no micro, é como a inteligência e o amor, um atributo de Deus na vida, e se o amor e a inteligência se maturam na eternidade: sendo a sexualidade um atributo quanto estes; se extingue com a evolução do ser?

E o espírito de Alexandre corrobora o preexistir, tanto quanto o subsistir desta potenciação na evolução do ser na eternidade, passemos-lhe a palavra; este tópico que transcrevo está inserido em o livro “Os Missionários da Luz” são palavras do mentor Alexandre. “Substituamos as palavras "união sexual" por "União de qualidades" e observaremos que toda a vida universal se baseia nesse divino fenômeno, cuja causa reside no próprio Deus, Pai Criador de todas as coisas e de todos os seres”.

Em minha míope visão, eu entendo que crer na extinção deste atributo, é acreditar no panteísmo, pois os panteístas acreditam que com a evolução perdemos a individualidade, isto é, nossas aquisições, nossos sentimentos, enfim todos os nossos valores volvem a Deus, e logicamente nós volvemos as condições de origem; mas o que fazer, me parece que de panteístas e de loucos, todos nós espiritas temos um pouco.

Emmanuel, e Andre Luiz, quando nos falam desse atributo de Deus, utilizam a palavra sexo, vejamos: “A sede do sexo não se acha no corpo grosseiro, mas na alma, em sua sublime organização”, como visto André Luiz afirma literalmente, que o sexo é inerente ao espirito. Emmanuel nos afirma de que sexo é harmonia e vida no conjunto do universo, me parece que Emmanuel não fazia aqui referencia a copula.

Os termos sexo, sexualidade, potencial, essência, não indicam outra coisa que não um atributo de Deus a manifestar-se na vida do universo.

Mas como sou um livre pensador, me demorei a pensar, e cheguei a seguinte conclusão, de que se eu me detiver insistindo em que o espirito tem sexo, embora sexo seja um sinônimo de sexualidade, e afirme que esta sexualidade é uma essência de Deus na vida do universo, e que esta essência é um atributo de Deus na vida; se ficar insistindo no vocábulo sexo, me deterei emaranhado junto aos confrades que não conseguem se desvencilhar da letra. 

E neste texto eu desejo ainda dirimir a falsa ideia de que Kardec aceitou a hipótese de que o espirito não tem este potencial, força, sexualidade, ou essência, como queiramos, e para isto eu apresentarei uma questão de Kardec, em que confirma esta simpatia particular entre dois espíritos do sexo oposto, e o espirito de André Luiz corrobora as palavras do Espirito da Verdade, em os livros Nosso Lar e os Mensageiros.

Temos em O Livro dos Espíritos, item n. 291, (namoro), a pergunta apresentada por Kardec: Além da simpatia geral, oriunda da semelhança que entre eles exista, voltam-se os espíritos recíprocas afeições particulares?

Resposta: Do mesmo modo que os homens, sendo, porem, que mais forte é o laço que prende os espíritos uns aos outros, quando carentes de corpo material, porque então esse laço não se acha exposto às vicissitudes das paixões. 

Corroborando esta questão apresentada em O Livro dos Espíritos, André Luiz, no livro Nosso Lar, no capitulo, No Campo da Musica, nos conta do noivado de Lísias com Lascinia, as informações ai contidas, nos falam da atração especial que se prestam os enamorados.

Não fosse o sexo um atributo da alma, e estas não se enamorariam, pois namoro é atração, é desejo de estar junto, de ter a pessoa amada, mesmo quando usamos a palavra namoro como uma metáfora, ela preserva o significado, pois às vezes dizemos estar namorando um carro, um quadro, etc., isto quer dizer, desejar, querer; fosse a sexualidade uma propriedade da matéria, e não haveria esta afeição, esta simpatia especial particularizada de um espírito para outro, e dizer que esta atração seja influencia da matéria, não justifica, pois ambos se encontravam já libertos das influencias passionais da matéria.

E temos ainda o romance de Alfredo e Ismália em o livro “Os Mensageiros”, sendo Ismália mais evoluída que Alfredo comparece junto ao esposo uma vez por mês, mas conforme Alfredo o desejo de ambos é o de estarem sempre juntos, e isto é desejar, e querer, é atração um pelo outro; este sentimento de ambos não seria uma manifestação desta potencialidade?

E se no momento atual, havendo estudado a doutrina espirita, alguns confrades e muitos deles palestrantes, professores de doutrina, escritores etc., ainda sentem dificuldades de se aperceber de que o espirito é o centro de todas as sensações que no corpo se manifesta, imaginemos quando da codificação, com certeza nos momentos iniciantes do espiritismo, a concepção de que o sexo é pecado era bem maior. 

Se hoje depois de tantos estudos, os espiritas sentem ojeriza a palavra sexo, entendo de que se o Espirito da Verdade houvesse afirmado que o espírito tem sexo, não teria sido compreendido, então ele preferiu afirmar, não como o entendeis, e mesmo assim muitos espiritas, entenderam não, acredito que não leram como o entendeis, pois como podemos entender algo que não existe.

E mais se Kardec houvesse realmente pretendido afirmar de que o espirito não tem sexo, teria assinado um atestado de ignorância, pois se o espirito não tem sexo, ou sexualidade, e este potencial, e esta força existem, não sendo um atributo do espirito, teria que ter como fonte a matéria, e perguntamos; em que momento a mesma elabora este potencial?

Mas como retro informado, sou um livre pensador e não vou me deter enredado a letra. E entendo mesmo que o Espirito da Verdade, não podendo explicitar-se com clareza, pois não seria entendido, e compreendendo de que o sexo é apenas uma manifestação desse potencial, no momento evolutivo em que nos demoramos, haja dito de que o espírito não tem sexo, pois nós espiritas depois de tanto estudar, nos demoramos brigando, por causa da letra. Mas o sexo não é um vocábulo que define um atributo que se manifesta de Deus, nas plantas, nos animais, tanto quanto no homem? Meu Deus, até quando vamos reter a essência maravilhosa do espiritismo asfixiada a letra?

Pelo contesto grandioso, sublime, que o espiritismo encerra, embora apresente alguns equívocos pulverizados em seu todo, equívocos estes de que alguns confrades fazem alarde, como se esses equívocos degenerassem a obra monumental do espiritismo, não posso entender de que Kardec chegasse a esse nível de ingenuidade, acreditando que a sexualidade, potencialidade, enfim, esse atributo que se manifesta de Deus, fosse a resultante da elaboração da matéria.


Houvesse Kardec aceitado a hipótese de que são os órgãos sexuais que elaboram o sexo, e estaria concordando plenamente com os ateístas quando afirmam de que é o cérebro físico que gera a inteligência; será que nosso mestre lionês viveu mesmo esta ingenuidade? Analise esta possibilidade com lógica e racionalidade, e se desejar me responder, responda-me, mas se preferir calar cale-se.