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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A propósito da última reunião da Comissão Executiva do CEI realizada em Miami


RICARDO A. LEQUERICA
lequerica@ieee.org
Cartagena de Índias, Colômbia



Depois de assistir às belas reuniões em Miami-EUA, onde pudemos confraternizar e tomar algumas decisões, fiquei preocupado com alguns temas ali tratados, especialmente um deles, ao qual quero me referir, unicamente com o desejo de, humildemente, chamar a atenção sobre as dúvidas que temos no que se refere à resistência e ao progresso do Movimento Espírita Internacional.

Quando na reunião comentávamos sobre os perigos da introdução e o avanço, em alguns países, de outros movimentos espíritas com práticas não recomendáveis, eu me permiti sugerir o repasse da Parábola do Semeador e, posteriormente, comentamos sobre a necessidade de fortalecer o ensino da Doutrina Espírita nos Centros Espíritas. Nos países e movimentos onde impera a pureza da doutrina, esses outros movimentos não conseguiram penetrar.

Porém, minha reflexão vai mais além. Minha grande preocupação é com os movimentos onde os dirigentes, talvez por descuido ou por falta de aprofundamento nos conhecimentos de nossa Doutrina, ainda são vencidos pelas paixões do orgulho e, possivelmente, sejam objetos de sutis processos obsessivos.

Devemos levar em conta que nosso caráter temporal de dirigentes do Movimento Espírita não nos oferece proteção contra o ataque dos obsessores, muito pelo contrário, nos converte no objetivo preferido deles e principalmente quando as sombras, de forma organizada, têm a finalidade de impedir o avanço do Consolador.

Chamamos a atenção para a apresentação que o caro irmão Alírio de Cerqueira realizou recentemente em alguns Centros Espíritas da Colômbia: OBSESSÃO E MOVIMENTO ESPÍRITA, à qual recomendo assistir e estudar.

Nela se notam claramente as coincidências com as causas da debilidade doutrinária de alguns Centros Espíritas, a “pouca profundidade do estudo espírita, especialmente das obras de Kardec”, a “utilização da mediunidade para a autopromoção” e o uso de “literatura espírita superficial e falsos livros espíritas”.

Em algumas ocasiões o processo obsessivo se esconde debaixo de falsas interpretações de mensagens recebidas mediunicamente de Espíritos amplamente reconhecidos pelo Movimento. A mensagem pode ser correta, porém, sua interpretação é errônea. Lembremos que os Espíritos Superiores não nos dão ordens, apenas sugerem o caminho.

Nossos dirigentes devem ter clara e firme convicção de que seguimos apenas a Kardec, do contrário, não seguimos o Espiritismo, estaremos fascinados com algumas ideias espiritualistas, porém, não seremos profundamente Espiritistas!!!

Creio que este é um chamado para que realizemos uma autoanálise em cada Centro, em cada Federação, em cada País e em especial individualmente para verificar se realmente estamos cuidando da semente e semeando adequadamente no sulco da terra preparada e adubada. Estamos evitando a erva daninha? Estamos espantando os pássaros?

Por favor, voltemos também a ler o Capítulo XVIII do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, “Porque Muitos são os Chamados e Poucos os Escolhidos”. Para mim, pessoalmente, me chamou muito a atenção a mensagem de Um Espírito Amigo, contido no número 15 do mesmo capítulo.

Caros irmãos, hoje mais do que nunca temos todas as condições e ferramentas para ajudar a construir o caminho para um mundo melhor, onde reine a paz, o amor e a harmonia. Temos uma organização, temos a informação, temos o método (ESDE) e temos a ajuda do plano superior, só nos falta um pouco mais de trabalho e esforço para ter a caridade para com aqueles que ainda se encontram na escuridão. Resta-nos dizer também que temos sobre nossos ombros a responsabilidade de servir humildemente à Doutrina que nos levará ao caminho da Luz e do Amor.

A maior caridade é a difusão da Doutrina Espírita!


Ricardo Lequerica, engenheiro e empresário, é membro do Conselho Espírita Internacional (CEI).

IV ENCONTRO DE EVANGELIZADORES Frutal-MG

ENVIADO POR LUIZ CARLOS FORMIGA

Alice e o Gato

Por favor, que caminho devo tomar para sair daqui?

Depende de onde você quer ir.

Disse o Gato

Tanto faz,

disse Alice.

Então não importa o caminho?

Disse o Gato

Desde que eu chegue a algum lugar,

explicou Alice.

Oh! Você só terá certeza disso, depois de andar bastante,

disse o Gato

George Müller, Alice no país das maravilhas.

O homem, algumas vezes, não sabe qual a sua natureza,

não pergunta o que é, nem para onde vai.

Entra na vida, mas não atenta para o sentido dela.

Segue sem traçar objetivos.

Tia Vilma, na evangelização infanto-juvenil, conversou com o Gato, que descobriu que a morte do corpo não mata a vida.

Cantaram com Léon Denis: “A Alma é Imortal”.

“Vida Eterna”

Tia Vilma & Tio Wilson

Eu pensava que a morte existia

Que tristeza, que tristeza

Eu pensava que a gente morria

Que incerteza, que incerteza

Hoje eu sei que a vida continua

Que alegria, que alegria

Hoje eu sei sou espírito reencarnado

Obrigado senhor, obrigado

*

Imortalidade, grande descoberta.

Postulado da Doutrina Espírita, demonstrado na prática por Jesus.

Por isso, sem agradar a todos, o articulista fez adaptação:

O Gato Evangelizador

Por favor, que caminho devo seguir para sair das drogas?

Depende de sua força de vontade,

disse o Gato

Onde posso encontrar ajuda?

Disse Alice

No “Cristo Consolador”.

Disse o Gato

Pode me dar o endereço?

Perguntou Alice.

Caminhe pela estrada que vai do cérebro ao coração.

Ensinou Jesus, disse o Gato

Formiga, L.C.D., NEU-Adaptação. Alice no Cristo Consolador (*)

IV ENCONTRO DE EVANGELIZADORES

POSTO DE ASSISTÊNCIA AUTA DE SOUZA

Data: 08 de outubro de 2011 – sábado
Horário: 7h
Local: Frutal-MG
Informações: dolva@netsite.com.br - 8818-7069
marceldiasribeiro@hotmail.com - 8816-2810
carlosaugustofrutal@yahoo.com.br - 9795-0180

(*) Textos de apoio

1. Maquiavel e Jesus. Divididos pela Filosofia

A mulher do Próximo

http://www.cefamiami.com/newsletter/materias/artigo/05.04/index.html

2. Vacinação desafio de urgência

(Reformador, 99 (1823): 61-64, fevereiro, 1981)

http://www.aeradoespirito.net/ArtigosLCF/VAC_DESAF_DE_URGENCIA_LCF.html

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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Doenças Escolhidas




DROGAS. INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS. FAMÍLIA - Jornal O Rebate


Doenças Escolhidas

Convictos de que o Espírito escolhe as provações que experimentará na Terra, quando se mostre na posição moral de resolver quanto ao próprio destino, é justo recordar que a criatura, durante a reencarnação, elege, automaticamente, para si mesma, grande parte das doenças que se lhe incorporam às preocupações.

Não precisamos lembrar, nesse capítulo, as grandes calamidades particulares, quais sejam o homicídio, de que o autor arrasta as conseqüências na forma de extrema perturbação espiritual, ou o suicídio frustrado, que assinala o corpo daquele que o perpetra com dolorosos e aflitivos remanescentes.

Deter-nos-emos, de modo ligeiro, no exame das decisões lamentáveis, que assumimos quando enleados no carro físico, se saber que lhe martelamos ou desagregamos as peças. Sempre que já tenhamos deixado as constrições do primitivismo, todos sabemos que a prática do bem é simples dever e que a prática do bem é o único antídoto eficiente contra o império do mal em nós próprios.

Entretanto, rendemo-nos, habitualmente, às sugestões do mal, criando em nós não apenas condições favoráveis à instalação de determinadas moléstias no cosmo orgânico, mas também ligações fluídicas aptas a funcionarem como pontos de apoio para as influências perniciosas interessadas em vampirizar-nos a vida.

Seja na ingestão de alimento inadequado, por extravagâncias à mesa, seja no uso de entorpecentes, no alcoolismo mesmo brando, no aborto criminoso e nos abusos sexuais, estabelecemos em nosso prejuízo as síndromes abdominais de caráter urgente, as úlceras gastrintestinais, as afecções hepáticas, as dispepsias crônicas, as pancreatites, as desordens renais, as irritações do cólon, os desastres circulatórios, as moléstias neoplásicas, a neurastenia, o traumatismo do cérebro, as enfermidades degenerativas do sistema nervoso, além de todo um largo cortejo de sintomas outros, enquanto que na crítica inveterada, na inconformação, na inveja, no ciúme, no despeito, na desesperação e na avareza, engendramos variados tipos de crueldade silenciosa com que, viciando o próprio pensamento, atraímos o pensamento viciado das Inteligências menos felizes, encarnadas ou desencarnadas, que nos rodeiam.

Exteriorizando idéias conturbadas, assimilamos as idéias conturbadas que se agitam em torno de nosso passo, elementos esses que se nos ajustam ao desequilíbrio emotivo, agravando-nos as potencialidades alérgicas ou pesando nas estruturas nervosas que conduzem a dor.

Mantidas tais conexões, surgem freqüentemente os processos obsessivos que, muitas vezes, sem afetarem a razão, nos mantêm no domínio das enfermidades – fantasmas que nos esterilizam as forças e, pouco a pouco, nos corroem a existência.

Guardemo-nos, assim, contra a perturbação, procurando o equilíbrio e compreendendo no bem – expressando bondade e educação – a mais alta fórmula para a solução de nossos problemas.

E ainda mesmo em nos sentindo enfermos, arrastando-nos embora, aperfeiçoemo-nos ajudando aos outros, na certeza de que, servindo ao próximo, serviremos a nós mesmos, esquecendo, por fim, o mercado da invigilância onde cada um adquire as doenças que deseja para tormento próprio.

Emmanuel. Livro – Religião dos Espíritos

http://orebate-jorgehessen.blogspot.com/2011/09/drogas-instituicoes-religiosas-familia.html

domingo, 25 de setembro de 2011

Jornal Brasileiro de Enfermagem, livro foi notícia.


Jornal Brasileiro de Enfermagem, livro foi notícia.


Os direitos autorais foram cedidos gratuitamente (*).


CELD Editora (**) http://www.celd.org.br/livraria.php



“Dores, Valores, Tabus e Preconceitos”, é livro que discute a existência da vida após a morte, a doutrina das vidas sucessivas, tendo como pano de fundo as doenças que produzem estigmas. Comenta a posição da Doutrina dos Espíritos diante da Universidade dominada pelas teorias materialistas, tendo como credo que a academia não resistirá à democracia no mundo, e a necessidade de cooperação econômica, que desembocará na manifestação livre das diversas culturas, induzindo a universidade ocidental a ampliar o seu universo cultural.


Havendo uma revalorização da religião, enquanto agente de movimentação social, acredita estar surgindo a necessidade de um ponto de equilíbrio diante dos efeitos ocasionados pelas transformações geopolíticas, ponto que se coloca numa linha de pensamento que valorize a Ciência, a Filosofia e a Religião em seus pontos de interseção, respeitando as diversas manifestações culturais. Entendendo que somos todos pacientes terminais “sem hora marcada”, traz discussão sobre a eutanásia, resgatando idéias para uma declaração dos direitos do paciente terminal.


A aparente injustiça da Justiça Divina com crianças, que nasciam portadoras do vírus da Aids, fez com que o autor estudasse a questão do “Sexo Seguro”, as “Opções Sexuais”e a melhor maneira de se prevenir doenças sexualmente transmissíveis. O capítulo do livro intitulado “O Que Espero dos Meus Médicos” foi publicado na Revista de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.


http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=BDENF&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=3784&indexSearch=ID


“Doutrina Espírita” não visa lucro material, mas a economia espiritual (*)


http://orebate-jorgehessen.blogspot.com/2011/09/blog-post.html


Capítulos foram disponibilizados na WEB. Veja o publicado na Revista de Enfermagem da UERJ


http://www.iqm.unicamp.br/~formiga/neu/esperodemeusmedicos.pdf


Com o Título – “Somatização” foi publicado recentemente no Jornal dos Espíritos


http://www.jornaldosespiritos.com/2007.3/col49.29.htm



Outro capítulo, “Para uma manhã de domingo” está no Portal do Espírito


http://www.espirito.org.br/portal/artigos/neurj/para-uma-manha-de-domingo.html



Revisitando o tema hoje:


Revalorização da religiosidade/espiritualidade


http://orebate-jorgehessen.blogspot.com/2011/09/drogas-instituicoes-religiosas-familia.html


Dependência Química Palestra


http://orebate-jorgehessen.blogspot.com/2011/09/palestra-tema-dependencia-quimica.html


Não só em AIDS, “de nada valeu ser curado”, se não mudarmos o comportamento espiritual


http://www.youtube.com/watch?v=qyzWrgNS1lM


http://saude.ig.com.br/minhasaude/unidade-de-tratamento-atende-100-medicos-dependentes-quimicos-por-mes/n1597214161693.html



(*) CELD Editora. Rua Abílio dos Santos, 137, RJ. CEP 21331-290, tel 21-24521846,

sábado, 24 de setembro de 2011

DROGAS. INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS. FAMÍLIA


Luiz Carlos Formiga


Uma pesquisa on-line na PsycINFO, uma base de dados que contém 2,3 milhões de pesquisas e artigos acadêmicos, de 49 países em 27 idiomas, revela algumas tendências interessantes.
Quando um professor restringiu os anos da busca de 1971 a 1975, foram identificados 1.113 artigos, mas ao repetir a pesquisa restringindo-a aos anos entre 2001 e 2005, obteve 6.437 artigos, havendo um aumento de mais de 600% em 30 anos. Ocorreu um rápido incremento na pesquisa acadêmica relacionada à relação entre religião, espiritualidade e saúde mental. Mudanças começaram a ocorrer na área da saúde mental após a década de 1990.

Investigações passaram a demonstrar que pessoas religiosas não eram sempre neuróticas ou instáveis e que indivíduos com fé religiosa profunda pareciam lidar melhor com estresses da vida, recuperar-se mais rapidamente de depressão, apresentar menos ansiedade e outras emoções negativas do que as pessoas menos religiosas. Além disso, esses achados provinham não apenas de grupos de pesquisadores dos Estados Unidos, mas também de cientistas no Canadá, Grã-Bretanha, Irlanda, Espanha, Suíça, Alemanha, Holanda, outras áreas da Europa, Tailândia, Austrália, Nigéria, Egito, Oriente Médio e Índia.

A Revista de Psiquiatria, suplemento de 2007, informou que a “religiosidade e a espiritualidade vêm sendo identificadas como fatores protetores ao consumo de drogas em diversos níveis. Os dependentes de drogas apresentam melhores índices de recuperação quando seu tratamento é permeado por abordagem espiritual, de qualquer origem, quando comparados a dependentes que são tratados exclusivamente por meio médico. RADIS Comunicação em Saúde nº 108, agosto de 2011, traz uma súmula: “Comunidades Terapêuticas no Apoio a Dependentes Químicos”. Nela podemos constatar que as entidades religiosas são importante recurso de apoio ao tratamento da dependência química no Brasil.

Por outro lado, nas famílias encontramos maus exemplos com as drogas socialmente aceitas. Disse uma psicóloga: "ando bastante preocupada, pois como realizo avaliação neuropsicológica, acabo me deparando com alguns transtornos nas crianças/adolescentes, cujos responsáveis fizeram ou fazem uso e abuso de drogas lícitas e ilícitas e a consequência é que os filhos estão abrindo cada vez mais cedo transtorno de conduta e comportamento anti-social, dentre outras coisas. Estou assustada."

Na "História Natural da Doença", temos a interação do agente (droga) com o hospedeiro vulnerável, num ambiente facilitador sócio-cultural. O vetor (portador assintomático) é apenas a ponta do iciberg. Os vetores são representados pela figura dos traficantes. Acontece que os condenados por tráficos, na sua maioria, não apresentam antecedentes criminais e geralmente estavam desacompanhados no momento da prisão em flagrante (peixe pequeno). Esses vetores fazem parte do ambiente social facilitador. Por outro lado, no ambiente sócio-familiar também vamos encontrá-los (parentes diversos). Aqui a droga principal é socialmente aceita. Também são dignos de pena, pelos exemplos de embriaguez e pelos fumantes passivos que fazem.

Com a guerra anti-drogas perdemos tempo e prendemos os pequenos traficantes. Com as drogas socialmente aceitas estimulamos portadores assintomáticos no ambiente familiar. Nossa lei avançou, não descriminalizou a droga, mas despenalizou o usuário. No ano 2000 o parlamento em Portugal descriminalizou o consumo, a aquisição e a posse de todas as drogas. Será que a Europa já esta arrependida?

Como temos na família portadores de drogas e o Estado não fiscaliza adequadamente produtos de primeira necessidade, deveremos descriminalizar a maconha? O Estado não atende com dignidade sequer os doentes encontrados nos corredores dos hospitais. O tabaco e o álcool possuem consumo generalizado no convívio social e o exemplo arrasta. Antes de tornar a droga lícita vamos pesquisar uma vacina “mental”? Mesmo assim, vai ser muito difícil vacinar a mente infantil junto com portadores contaminando familiares com o exemplo

http://visaoespiritabr.com.br/cura/dependencia-quimica-e-espiritismo

http://www.espiritualidades.com.br/Artigos/F_autores/FORMIGA_Luiz_tit_Drogas_e_Espiritualidades.htm

http://www.espiritualidades.com.br/Artigos/F_autores/FORMIGA_Luiz_tit_drogas_o_exemplo_arrasta.htm

Será que a maconha na lei e socialmente aceita, como o tabaco e o álcool, retirará dos pais e professores a autoridade moral de ensinar que ela é prejudicial? A revista de Neurociência, em 2011, relacionou maconha com esquizofrenia

PALESTRA - TEMA: “DEPENDÊNCIA QUÍMICA”.


PALESTRA


DIA:


27/09/2011 ÀS 19 HORAS


LOCAL:


G E Fraternidade Francisco de Assis - GEFFA


(Rua: GETULIO nº 444 – CACHAMBI/RJ)


TEMA:


“DEPENDÊNCIA QUÍMICA”.


(Livro: ALCOOLISMO E DROGAS)


EXPOSITOR:


LUIZ CARLOS FORMIGA

Vídeo palestra recente

http://www.youtube.com/watch?v=qyzWrgNS1lM

A Influência da Mídia. A Sedução de Pocotó

Luciano Pires, profissional de comunicação, jornalista, escritor, conferencista e cartunista; atualmente Diretor de Comunicação Corporativa da Dana, fez circular na internet um comentário onde diz que "se sentiu ofendido quando Pocotó se tornou o grande sucesso da música popular brasileira, domingo (16-2-03)".

O quadro no programa do Gugu ocupou horas preciosas do horário nobre. Bateu recordes de audiência. Luciano Pires comenta que, por enquanto, "tem sorte porque sua pequena filha não entende as letras paupérrimas, chulas, apelando para o sexo e tratando as mulheres de éguas e cadelas". Disse: "neste domingo, milhões de brasileiros assistiram, espero que envergonhados, ao triunfo da mediocridade". Conclui: "existe um processo para mediocrizar o Brasil. O consolo de desligar a televisão, não adiantou".

Pocotó está na moda. O que está por trás dessa magia?

No livro Alcoolismo e Drogas. Caminhos de Esperança. Enfoques a partir dos textos de Joanna de Angelis (Editora MAP) encontramos, pág. 83, no título A Influência da Mídia:

"o período infanto-juvenil, é decisivo na vida das pessoas. Por isso pais e professores estão querendo mais rigor para a programação televisiva e estão apontando filmes, novelas e programas que mais rejeitam pelo conteúdo pornográfico e apelativo, porque sabem que os ágeis meios de comunicação exercem intensa influência nos jovens. A televisão entra nos lares indiscriminadamente e exibe valores éticos e consumistas, nem sempre adequados à formação das identidades de seus filhos e/ou alunos. Por outro lado, os pais reconhecem que não são onipresentes. Não parece válido o argumento que diz que o aparelho possui um botão para desligar".

O cinema, a televisão, as revistas e os jornais veiculam informações de todos os tipos: ora fiéis e corretas, ora tendenciosas, preconceituosas, ambíguas e destorcidas.

O aparecimento de uma informação inadequada na televisão, numa tarde de domingo, no decorrer de um jogo de futebol importante ou durante um capítulo de novela, com alto índice de audiência, pode destruir o trabalho de muitos anos de investimentos e esforços de Instituições que mantêm programas dirigidos à educação e à saúde.

Os que assistem aos programas de entretenimento podem não ter a intenção de aprender, mas aprendem, e acabam sendo manipulados. É preciso desconfiar da televisão. Com a mídia muitos acabam se confundindo na distinção, por exemplo, entre amor e sexo.

A televisão tem assumido o papel de principal educador de crianças a adolescentes e isso aconteceu não por opção, mas por omissão dos segmentos responsáveis pela educação das novas gerações. Não há dúvida de que a TV é um educador eficaz e importante até porque muitos genitores e muitas escolas têm sido ineficazes.

Precisamos oferecer melhores alternativas. A participação efetiva dos pais nas vidas dos filhos é elemento de primordial importância na formação de suas personalidades, na formação de seu caráter.

Fatores biológicos ou psicológicos podem impulsionar os jovens para a beira do precipício, mas esses impulsos são liberados ou bloqueados através da influência social e o que dá legitimidade às interdições sociais são os laços afetivos familiares. Os jovens que apresentam vínculos familiares significativos respeitam os valores da família. À semelhança do que ocorre com a sexualidade, os jovens ao se sentirem órfãos de pais vivos, ansiosos, convivendo com inseguranças e sentimentos de rejeição, podem buscar a droga e o sexo como alívio dessas incertezas ou carências. O afeto recebido, principalmente no período infanto-juvenil, é que os torna capazes de tolerar e se submeterem às normas sociais e familiares, controlando seus impulsos ao invés de por eles serem controlados.

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/neurj/a-influencia-da-midia.html


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

ÉTICA ESPÍRITA, ENTRADA FRANCA SEMPRE!... POR QUE NÃO?


Um desabafo,

Arnaldo A. Rocha


Meu bom amigo e irmão Jorge Hessen,

Em 1993, participávamos de uma reunião de dirigentes de centros espíritas na FEDF, quando o presidente dessa Distrital, na época, fez uma citação negativa ao editorial da revista "O Espírita" sobre cobranças de taxas em eventos espíritas, referindo-se de forma infeliz, à pessoa de quem fazia o editorial da revista e não assinava (no caso o confrade Carlos Augusto de São José, um dos mais incansáveis defensores da pureza dos postulados espíritas-cristãos). Tomei da palavra, mostrando minha indignação por citar alguém que não estava presente para se defender, e disse que a direção da federação deveria chamá-lo para explanar sobre sua opinião, tão bem colocada no editorial da revista. Formou-se um burburinho, pois não esperavam que alguém pudesse se manifestar com tanta veemência....

Aproveitei o ensejo para dizer que também não concordava com as cobranças de taxas em eventos espíritas, sugeri que todas as casas espíritas, de acordo com as suas condições financeiras, repassassem 1salário mínimo, ou mais, anualmente para a FEDF fazer um caixa, com a finalidade única de bancar todos os eventos espíritas no Distrito Federal. Disse que, excluindo as casas espíritas que têm dificuldades materiais, todas as demais tinham como aderir a essa idéia, recolhendo 1/12 avos de um salário mínimo por mês, o que representaria hoje o valor de R$ 45,41. Além de dar a sugestão, mostrei o recibo de depósito bancário feito em conta da FEDF pelo Centro Espírita Fonte de Esperança para que pudesse servir de exemplo. Falei, também, na oportunidade, que se 100 casas, pelo menos, recolhessem um salário mínimo anual, teríamos, a preço de hoje, o valor de R$ 54.500,00, o que daria para pagar as despesas, se não de todos, mas da maioria dos eventos realizados no DF. Infelizmente o presidente retomou a palavra, solicitou para que voltássemos à pauta da reunião, deixando esse assunto para ser discutido num outro momento. Foi o último encontro do qual participei na FEDF, representando o Centro Espírita Fonte de Esperança, por perceber a incoerência dos líderes espíritas que preferem render-se à lei do menor esforço, elitizando uma doutrina crística que veio para o bem de toda a humanidade e não para atender aos anseios da classe média.

Esse cancro tomou conta do movimento espírita de tal maneira que hoje, qualquer palestra, seminário, workshopping e etc., tem sua entrada cobrada, num flagrante desrespeito às orientações de mais Alto.

Na minha visão particular, a FEB, também, se encontra em atitude de omissão, de braços cruzados, não emite uma opinião à respeito, preferindo seguir com essa prática que faz do Espiritismo mais uma religião que aceita esse procedimento comercial, como se fosse correto, moral e ético, descaracterizando o Consolador Prometido por Jesus Cristo. Se a própria FEB, anualmente, publicasse edições de livros espíritas, com o propósito único de arrecadar fundos para bancar as despesas de eventos espíritas em nosso país, os que pudessem, comprariam essas edições extras (mesmo que um pouco mais caras) para ajudarem na realização de eventos com entrada franca. Fora essas sugestões, devem existir outras semelhantes ou melhores, bastando tão-somente que os líderes de nosso movimento queiram fazer um espiritismo para todos e não para os que possam pagar para receberem o que de graça recebemos do Espírito de Verdade.
Infelizmente acho que Mamon, de maneira muito inteligente e persuasiva, está mais presente dentro movimento espírita do que possamos imaginar, principalmente pelos sofismas que são utilizados para defender essa prática funesta, da cobrança de taxas em eventos espíritas, por "dignos" representantes que falam em nome do Espiritismo. E para finalizar, penso, igualmente, que todo palestrante e expositor espírita-cristão consciente não deveriam participar de eventos com entradas pagas, mostrando por essa atitude a sua discordância e indignação com tal proceder.
Só falta, agora, colocarmos um "Gazofilácio" à entrada de cada Centro Espírita nos dias das reuniões públicas, e não estamos longe disso...






ÉTICA ESPÍRITA, ENTRADA FRANCA SEMPRE!... POR QUE NÃO?






Após proferir palestra no Centro Espírita, cujo tema nos induziu a afirmar para o público sobre o delírio da cobrança de taxas para entrada no congresso “espírita”, programado pelo órgão federativo local, um amigo sugeriu-nos a leitura do “Projeto de Interiorização”- Espiritismo para os simples. (1) Procuramos conhecer o projeto, lemos e apreciamos bastante as diretrizes e planos ali consignados. O confrade também indicou-nos o artigo “União com fidelidade, simplicidade e fraternidade” do admirável Antonio César Perri de Carvalho, Diretor da FEB. Encontramos o artigo na Revista Reformador; analisamos o texto e ficamos entusiasmados com os dizeres do representante da Comissão Executiva do Conselho Espírita Internacional. O excelente artigo, dentre outras reflexões audaciosas, inspira-nos para o imperativo da “unidade do espírito pelo vínculo da paz”. (2)

César Perri ilustra o tema afirmando que “entre os desafios atuais para a união dos espíritas (...)há necessidade de revisão de algumas estratégias e posturas, para se ampliar a difusão do Espiritismo em todas as faixas etárias e sociais. (...) entendemos que o acolhimento dos simples [espíritas desempregados, iletrados, pobres] no ambiente das reuniões espíritas é tarefa de primordial importância nos tempo em que vivemos.”(3)

Para o Diretor da FEB “a realização de eventos federativos e de divulgação devem ter como parâmetros o que é simples e viável para a maioria das instituições e dos espíritas.” (4)(grifei)

O tema é recorrente e crônico. É flagrante a marginalização de confrades valorosos que, devido à impossibilidade de arcar com os escorchantes preços dos eventos espíritas, ficam e continuarão a ficar excluídos dos congressos espíritas, como os que têm sido realizados ultimamente por diversas federativas estaduais e mesmo pela Casa Mater. Após 36 anos escrevendo para imprensa espírita e alertando sobre a discrepância dos eventos pagos, confessamos que o Perri pacificou-nos o ânimo com as suas judiciosas e lúcidas palavras. E, mais, advindo de um confrade de envergadura moral irrepreensível como é o caso do Perri, acreditamos que o Movimento Espírita brasileiro mudará de rota no Brasil e no Mundo.

À guisa de sugestão , considerando a viabilidade de participação nos eventos doutrinários da maioria das instituições e dos espíritas, propomos aos abastados seguidores de Kardec abrirem mão do excesso da conta bancária e colaborem mais frequentemente com o Movimento Espírita. Poderiam bancar vários eventos doutrinários sem consentir que espíritas simples fossem excluídos dos congressos, seminários e encontros. Portanto, sem ferir a ótica e a ética espíritas, saberiam utilizar com inteligência os recursos que Deus concede, fugiriam da avareza, seriam pródigos no amor, conscientizar-se-iam da imensa responsabilidade social e colaborariam para fazer do Espiritismo o mais importante núcleo de debates espirituais da Terra...

Modelo de mecenas (5) não falta! “O empresário carioca Frederico Figner, proprietário da Casa Edison e introdutor do fonógrafo no Brasil, era um deles. Tão rico quanto espírita, ele trocou cartas com Chico Xavier 17 anos seguidos. E o ajudou muito. Sem suas doações, o datilógrafo da Fazenda Modelo não conseguiria atender tanta gente. A cada mês, o filho de João Cândido gastava o correspondente a três vezes o seu salário só com assistência social. Para Chico, os ricos deveriam ser considerados “administradores dos bens de Deus”. Ao longo de sua vida, ele ajudaria muitos milionários “benfeitores” a canalizar os “tesouros divinos” para a caridade.”(6)

O editorial da revista "O Espírita", de jan/mar-93 registra que "a fé começa nos lábios, obrigatoriamente passa pelo bolso, para se instalar no coração".(7) Sabemos que a divulgação doutrinária é urgente mas não apressada. Portando, não identificamos necessidade nenhuma para o afoitamento e desespero das federativas promoverem improfícuos festivais de congressos, seminários e simpósios onerosos. Jamais esqueçamos que “é indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec: sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios.” (8)

Os congressos espíritas são importantes para a vitalidade do movimento espírita, para a permuta de experiências e o congraçamento entre pessoas. Mas, francamente! O frenesi para realização de congressões espíritas dispendiosos têm revigorado o status, o personalismo e a vaidade de muitos líderes incautos. Jesus nos ensinou a condenar o erro, preservando a quem erra. Mas, até mesmo Ele, que era um exemplo de brandura, atuou com austeridade, com muito rigor, aliás, quando a expelir os vendilhões do Templo.

Não condenamos e nem poderíamos desaprovar os Congressos, Simpósios, Seminários, encontros necessários à divulgação e à troca de experiências, mas, a Doutrina Espírita não pode ficar cerrada nos Centros de Convenções suntuosos, não se pode enclausurar Espiritismo nos excludentes anfiteatros acadêmicos e nem aprisioná-lo em grupos fechados. À semelhança do Movimento Cristão, dos tempos apostólicos, A Doutrina dos Espíritos também pertence aos Centros Espíritas simples, localizados nos bolsões de desventura, nos assentamentos, nas favelas, nos bairros miseráveis, nas periferias urbanas esquecidas; e não nos venham com a eloqüência oca de que estamos sugerindo um tipo de “elitismo às avessas”. O que fortalece nossas assertivas são os muitos Centros Espíritas simples e pobres, todavia bem dirigidos em vários municípios do País. Por causa desses Núcleos Espíritas e médiuns humildes, o Espiritismo haverá de se manter simples e coerente, no Brasil e, quiçá, no Mundo, conforme os Benfeitores do Senhor o entregaram a Allan Kardec.

E por falar no mestre lionês, precisamos de “Allan Kardec nos estudos, nas cogitações, nas atividades, nas obras, a fim de que à nossa fé não se faça hipnose, pela qual o domínio da sombra se estabelece sobre as mentes mais fracas, acorrentando-as a séculos de ilusão e sofrimento. Seja Allan Kardec, não apenas crido ou sentido, apregoado ou manifestado, à nossa bandeira, mas suficientemente vivido, sofrido, chorado e realizado em nossas próprias vidas. Sem essa base é difícil forjar o caráter espírita-cristão que o mundo conturbado espera de nós pela unificação.” (9)

Jorge Hessen

http://jorgehessen.net

Referências bibliográficas:

(1) disponível em: http://www.febnet.org.br/ba/file/CFN/Projeto_interiorização.pdf

(2) Xavier, Francisco C. Fonte Viva, ditado pelo espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 49, pg.116

(3) Carvalho, Antonio C. Perri. Artigo “União com fidelidade, simplicidade e fraternidade” publica do em Reformador, abril, ano 2011 pags. 29,30 e 31

(4) idem

(5) O termo mecenas, nos países de línguas neolatinas, indica uma pessoa dotada de poder ou dinheiro que fomenta concretamente a produção de certos literatos e artistas. Num sentido mais amplo, fala-se de mecenato para designar o incentivo financeiro de atividades culturais, como exposições de arte, feiras de livros, peças de teatro, produções cinematográficas, restauro de obras de arte e monumentos.

(6) Maior, Marcel S. As vidas de Chico Xavier, São Paulo: Editora Planeta, 2003

(7) Editorial da revista "O Espírita" de Brasília edição de jan/mar-93

(8) Bezerra de Menezes, trechos da mensagem “Unificação”, Psic. F. C. Xavier – Reformador, dez/1975 - FONTE: CEI - Conselho Espírita Internacional.

(9) Idem