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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

AMOR, CIÚME E PAIXÃO - ALGUMAS CONSIDERAÇÕES CRISTÃS




Por que homens e mulheres são capazes de transformar o Amor, o mais sublime dos sentimentos, em combustível de um crime? Será crível que uma pessoa possa matar por Amor? Será o crime passional um tipo de reação violenta ao fim do "Amor"? Qualquer pessoa que se apaixone pode ter uma reação passional, pois a paixão é um sentimento intrínseco do ser humano. Contudo, isso pode ser perfeitamente controlado. Numa violência passional, perde-se a razão e, por via de conseqüência, o controle de si mesmo. Indubitavelmente, a paixão nos torna agressivos e perigosos. É a erupção do lado primitivo do ser, e muitos são passíveis disso quando não vigiam os sentimentos. Uma coisa, no entanto, é certa: a sensação de posse é a causadora da maioria das tragédias passionais.

Para os espíritas, o crime passional pode ser definido como um processo de obsessão ou possessão anímica, isto é, o criminoso é subjugado por entidade desencarnada ou por sua personalidade arcaica, em razão da falência de sua personalidade atual no cipoal e delírio das sensações inferiores. Os crimes de "Amor" nada têm a ver com o Amor. A rigor, são conseqüências de desregramentos sensoriais, com perda do equilíbrio emocional e perturbações espirituais. As Obsessões estão relacionadas à ansiedade criada em resposta a uma situação muito estressante, esmagadora e dolorosa. A frustração Amorosa e o conseqüente sentimento de perda, de autodesvalorização, criam perturbações obsessivas e um transtorno de Amor obsessivo vinculados a um ciúme patológico. A necessidade obsessiva cria mecanismos e estratégias para seduzir o outro, originando numa atração fatal que busca a possessão de forma a incluir o outro em sua própria vida, tentando o máximo de controle, pois a falta deste irá provocar intensa dor. Podem ocorrer manifestações de ciúmes patológicos onde as conexões entre fantasias e realidades se perdem, facilitando episódios psicóticos em que a ação se torna real. A pessoa propensa a um Amor obsessivo tem dificuldades de relacionamento saudável, ligando-se a comportamentos complicados, repletos de brigas, desconfianças e ciúmes, muitas vezes com desfechos tensos e violentos. O transtorno obsessivo compulsivo é um distúrbio debilitante e destrutivo. No entanto, ele pode ser minimizado com a terapia medicamentosa e psicoterapia cognitivo-comportamental e pelos recursos espíritas da desobsessão.

O ciúme (1) voraz é o grande motivo de muitas dores morais. Em verdade, esse sentimento egoístico está presente em nossas vidas tanto quanto a dor, ou seja, quase todo ser humano sente. Toda vez que uma dor nos espicaça o ser é porque há algo errado conosco, e o mesmo acontece com o ciúme: alguma coisa está errada em nós mesmos, no outro ou na relação. A expressão "o pecado do Amor" é tão absurda quanto o ilogismo: "matar por Amor". Enquanto não formos capazes de discernir juízos opostos e continuarmos a confundi-los, não estaremos em condições de reformular nossa concepção do legítimo sentido do Amor.

Pasmem! Há quem defenda que "matar por Amor não é crime". Creem alguns que o princípio do ser humano é o sentimento, e quando essa emoção é traída, aviltada, ele pratica, então, esses atos chamados criminosos. E nessa confusa tese, afirma-se que o "Amor é a maior fraqueza do ser humano", argumenta-se que tanto o honesto, o trabalhador, o culto, não importa, todos são passíveis de um único crime: de "Amor". Não comungamos nessa cartilha, obviamente, pois que ninguém mata por Amor, mas por ódio. Estudos apontam que o criminoso passional não tem raça, credo, faixa etária ou classe social, mas na imensa maioria dos casos tem sexo: o masculino. Diz-se que a impulsividade do homem, ao matar, é cultural, uma vez que no sistema patriarcal, há cinco mil anos, e durante muito tempo, o marido tinha o direito de bater na mulher, de puni-la, de matá-la e isso era muito comum.

Uma criatura que ama não agride e nem fere o ser amado, que é para ela objeto de veneração. O ciúme não procede do Amor, mas do apego animal ao plano sensorial. O animal é que ataca e fere por ciúme, nunca o homem, pois, nele, o Amor se manifesta em ternura, adoração e consciência do valor do ser amado. As criaturas de sensibilidade humana não se deixam arrastar pelas paixões, que pertencem ao plano dos instintos.

Luiz de Camões dizia que o "Amor é um fogo que arde sem se ver". (2) Segundo Aurélio Buarque "o Amor pode ser um sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa. Pode ser um sentimento terno ou ardente de uma pessoa por outra, e que engloba também atração física, ou ainda inclinação ou apego profundo a algum valor ou a alguma coisa que proporcione prazer; entusiasmo, paixão". Podemos considerar o Amor como uma forma de energia cósmica ainda não pesquisada e conhecida pelas Ciências. Porém, e o Amor ao próximo? Bem, esse é um sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro ser ou a uma coisa; devoção extrema. Tudo o que possamos idealizar sobre o Amor pode se consubstanciar como parcela deste sentimento, mas ele é muito maior e mais abrangente, até porque, o bem-querer, toda a bondade, a tolerância, a alegria, a proximidade, só poderão ser um fragmento do Amor quando não tiverem laços no apego, na imperiosa necessidade de permuta, no egoísmo que exige sempre condições e regras.

Preocupados com o Amor humano, psicólogos e filósofos até hoje se interessam, quase que exclusivamente, por essa forma lírica e dramática do Amor entre duas criaturas. A Psicanálise, nos primórdios da teoria freudiana, colocou o problema do Amor na dimensão do patológico. Em verdade, Freud teve de entrar no estudo e na pesquisa do Amor pelo subsolo da psicopatologia. O aspecto patológico é o mais dramático do Amor e o que mais toca o interesse humano. "O Amor é a força mais abstrata e, também, a mais poderosa que o mundo possui." (Mahtama Gandhi).

Em face dos conceitos espíritas, aprendemos que, nos albores de sua evolução, predominam no homem as cargas instintivas. Na medida em que avança na escala da evolução, surgem as sensações. Com o passar dos milênios, irrompem os sentimentos - ponto fundamental para o desabrochar do Amor. Isto posto, analisemos os sentimentos que advêm das tendências eletivas e o das afinidades familiares. Na primeira condição, estão as expressões complexas do desejo, do sensualismo; na outra situação, sedimentam-se a fraternidade e o enlevo conjugal, numa simbiose mágica, químio-eletro-magnética, na entranha do ser.

Na questão 938-a, de "O Livro dos Espíritos", aprendemos o seguinte: "A natureza deu ao homem a necessidade de amar e de ser amado. Um dos maiores gozos que lhe são concedidos na Terra é o de encontrar corações que com o seu simpatizem". (3) O Amor deve ser o objetivo excelso no roteiro humano para a conquista da paz na sua expressão apoteótica. Porém, diversas vezes, o nosso sentimento é meramente desejar, e tão-somente com o "desejar", desfiguramos, instintivamente, os mais promissores projetos de vida.

Nos dias de hoje, fala-se e escreve-se muito sobre sexo e pouco sobre Amor. Certamente, porque esse sentimento não se deixa decifrar, repelindo toda tentativa de definição. Por isso, a poesia, campo mítico por excelência, encontra, na metáfora, a tradução melhor da paixão, como se esta fosse o Amor. O desenvolvimento dos centros urbanos criou a "síndrome da multidão solitária". As pessoas estão lado a lado, mas suas relações são de contigüidade.

A paixão é exclusivista, egoísta, dominadora, é predominantemente desejo. Para alguns pensadores, esse sentimento é a tentativa por capturar a consciência do outro, desenvolvendo uma forma possessiva, onde surge o ciúme e o desejo de domínio integral da pessoa "amada". O legítimo Amor é o convite para sair de si mesmo. Se a pessoa for muito centrada em si mesma, não será capaz de ouvir o apelo do outro. Isso supõe a preocupação de que a outra pessoa cresça e se desenvolva como ela é, e não como queiramos que ela seja. O Amor representa a liberdade, e não o psicótico sentimento de posse. É a lei de atração e de todas as harmonias conhecidas, sendo força inesgotável que se renova sem cessar e enriquece, ao mesmo tempo, quem dá e quem recebe.





FONTES:
(1) Cf. Aurélio - "Sentimento doloroso que as exigências de um Amor inquieto, o desejo de posse da pessoa amada, a suspeita ou a certeza de sua infidelidade fazem nascer em alguém". Receio de perder alguma coisa; cuidado, zelo (nesta acepção. é mais usado no plural)
(2) Cf. (Luís de Camões, Rimas, p. 135);
(3) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB ed. 2002, questão 983-a

sábado, 26 de dezembro de 2009

PARA MEU FILHO, COM MUITO AMOR!



Meu filho,

Acredito profundamente na assertiva de Paulo: "Tudo me é lícito, mas nem tudo me convèm." Voltando os nossos olhos para o que nos cercam vejo diariamente crianças que não sustentam nem os próprios pescoços, que não possuem quase nenhum movimento , são trazidas pelos seus pais como os maiores prêmios que a vida pudessem lhes proporcionar. Quem daria esse conforto senão um mergulho na fé? Não importa o título religioso, todas as religiões são respeitáveis. O que quero dizer que ao internalizar a vida como um estágio passageiro temos obrigação de escrevê-la da maneira mais edificante possível, somos modelos uns para com os outros. O que esses cantores (Renato Russo, Cazuza, Raul Seixas) deixaram , apesar do seu brilhantismo intelectual foi a mensagem da autodestruição. Não respeitaram nem eles mesmos. Quem se ama não se mata. Se as diferenças sociais causavam tanta angústia em suas vidas por que não tomaram uma atitude como a Xuxa, fundando um abrigo para milhares de crianças onde elas sentem amparo e encontram um caminho para uma vida mais digna. Protestar é muito fácil, difícil é construir algo que possa definitivamente marcar a vida das pessoas. Esse esteriótipo do rebelde sem causa só espalha sofrimento, tanto assim que em uma dessas novelas, que a Tv mostrou, a mãe do Cazuza faz uma pontinha atribuindo a falta de controle na educação dos filhos aos pais omissos e insensatos. Agora na terceira idade quando pode fazer um repensar ela viu que não foi o que deveria ter sido para filho. Amar não é ser condescendente em tudo o que o filho realiza. Digo mais, muitas vezes amar é dizer não... , não... e não em muitas ocasiões. O que mora em nosso foro íntimo, apenas Deus conhece. Julgar as aparências eis o grande erro da maioria dos humanos... Então , meu filho querido, pense e repense. Considero a música a arte divina por excelência de fato, mas não queira viver de estrelato, porque está aí nos fatos, até aqueles que alcançaram a fama, não se sentiram completos, faltou-lhes alguma coisa que não rendeu a sonhada "felicidade". Ela, a felicidade, tem a sua exigência no dever integralmente cumprido, portanto não queira ludibriar o Deus que existe dentro de cada um de nós , até porque somos juízes de nossa própria consciência. A felicidade tem sua base na máxima: não faça ao seu próximo aquilo que não gostaria que fizessem consigo. Lembre-se da orientação espírita. Amai-vos eis o primeiro mandamento , instruí-vos eis o segundo , nisso está contido toda a sabedoria.Que no futuro você possa alcançar os seus sonhos musicais. Tenha certeza que eu e seu pai estaremos apoiando esse projeto, desde que com equilíbrio e sensatez. Um grande abraço cheio de amor e carinho.De sua mãe que tem profundo amor pelo único varão que a vida lhe deu.


Eleusa de Castro Hessen

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

DESOBSESSÃO/APOMETRIA - OPINIÃO DE UM AMIGO


Caro Irmão,

Tentei descobrir o que realmente é a apometria, como atua, etc.

Mais diretamente: procurei saber como é feito um tratamento por apometria, suas fases, procedimentos, objetivos.

Não consegui achar muita coisa.

Os textos que achei na internet dividem-se em dois grandes grupos: de apoio e divulgação entusiástica da apometria ou de crítica e banimento dela como prática espírita.

Sendo sincero, posso dizer que continuo sem saber no que consiste realmente essa técnica.

Pelos comentários que você me enviou, pude perceber que ela esposaria alguns conceitos que não são recepcionados pela doutrina espírita.

Pelo que pude ler hoje, se, de fato, ela procura afastar o espírito, sem tentar ajudá-lo, estaria mais próxima de um verdadeiro exorcismo, tendendo para a expulsão pura e simples do obsessor, embora se valha, ao que parece, de outros tipos de nomenclatura e de técnicas.

Em diversas oportunidades, pude comentar, em conversas com poucas pessoas ou para todos os presentes à reunião, que o exorcismo carece de qualquer característica que lhe permita, ainda que minimamente e com muito boa vontade, ser classificado como cristão.

A mensagem ao espírito sofredor – e o obsessor sempre o é – deve ser obrigatoriamente de amor, tolerância, compreensão, esperança, consolação; que jamais pretendamos expulsar um irmão que nos pede ajuda, o que, na verdade, ele está fazendo, por mais rude, violento e mesmo maldoso que possa parecer.

A nossa resposta a esse pedido de socorro não pode ser, nunca, o empurrão para o abismo, mas a mão estendida; talvez ele demore muito até entender que está, finalmente, recebendo atendimento fraterno, mas a nossa mão deverá permanecer estendida o tempo que for necessário.

Em outras crenças, um padre ou um pastor, dotados de autoridade moral e sincera vontade de ajudar, embora mal informados, podem eventualmente “expulsar” o espírito obsessor, mas estarão apenas agravando o problema, pois ele voltará ao obsedado, uma vez que se trata de antigas pendências entre os dois, relacionamentos desastrosos, que, algum dia, serão forçosamente revistos e superados, pela compreensão recíproca.

O trabalho da casa espírita é catalisar esse entendimento.

Tudo isso eu costumo dizer quando surge a oportunidade, ou necessidade.

É também habitual eu citar bastante o livro Diálogo com as Sombras, de Hermínio Miranda, que é uma receita segura para que nos mantenhamos sob a orientação e o amparo da verdadeira doutrina dos espíritos.

Caro Jorge, todo esclarecimento que você puder me fornecer sobre o tema, e outros assuntos que você julgar importantes, me será muito útil, lerei com grande interesse.

Abraço fraterno,

Sérgio de Jesus Rossi

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Introdução ao estudo sobre o tratamento da obsessão


Introdução ao estudo sobre o tratamento da obsessão

Astolfo O. de Oliveira Filho (Londrina-PR)


Questões para debate

1. De que decorre a obsessão?

2. Como nesse processo atua o Espírito causador da obsessão?

3. É possível neutralizar a influência de um Espírito inferior?

4. O passe magnético é importante no tratamento da obsessão?

5. Quando a tarefa da desobsessão se torna mais fácil?

6. A prece é um recurso importante na terapia desobsessiva?

7. Que é que Kardec recomenda com vistas à cura das obsessões?

8. Quais são, de forma sintética, os principais recursos espíritas que podemos utilizar no tratamento da obsessão?

Desenvolvimento

1. De que decorre a obsessão?

A obsessão decorre sempre de uma imperfeição moral, que dá ascendência a um Espírito mau. A uma causa física, opõe-se uma força física; a uma causa moral preciso é se contraponha uma força moral. Para preservá-lo das enfermidades, fortifica-se o corpo; para garanti-la contra a obsessão, tem-se que fortalecer a alma; donde, para o obsidiado, a necessidade de trabalhar por se melhorar a si próprio, o que as mais das vezes basta para livrá-lo do obsessor, sem o socorro de terceiros. Segundo Kardec, a obsessão quase sempre exprime vingança tomada por um Espírito e cuja origem frequentemente se encontra nas relações que o obsidiado manteve com o obsessor em precedente existência.

2. Como nesse processo atua o Espírito causador da obsessão?

Na obsessão, o Espírito perturbador atua exteriormente, com a ajuda do seu perispírito, que ele identifica com o do encarnado, ficando este enlaçado por uma espécie de teia e constrangido a proceder contra a sua vontade. Na possessão, em vez de agir exteriormente, o Espírito atuante se substitui, por assim dizer, ao Espírito encarnado; toma-lhe o corpo para domicílio, sem que este, no entanto, seja abandonado pelo seu dono, pois que isso só se pode dar pela morte. A possessão é, pois, sempre temporária e intermitente, porque um Espírito desencarnado não pode tomar definitivamente o lugar de um encarnado, pela razão de que a união molecular do perispírito e do corpo só se pode operar no momento da concepção.

3. É possível neutralizar a influência de um Espírito inferior?

Sim. E, agindo com esse propósito, o indivíduo estará prevenindo a obsessão. Para tanto é necessário, conforme ensina a questão 469 d´O Livro dos Espíritos, fazermos o bem e colocar toda a nossa confiança em Deus. “Guardai-vos – acrescentou o benfeitor que respondeu referida questão – de atender às sugestões dos Espíritos que vos suscitam os maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós outros e que vos insuflam as paixões más. Desconfiai, especialmente, dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos assaltam pelo ladro fraco.”

4. O passe magnético é importante no tratamento da obsessão?

Sim. Nos casos graves de obsessão, como o obsidiado fica como que envolto e impregnado de um fluido pernicioso do qual tem dificuldade de desembaraçar-se, é preciso a atuação de um fluido bom, capaz de neutralizar o mau fluido, o que pode ser obtido por meio da terapêutica do passe magnético que, como informa André Luiz, é sempre valioso no tratamento ministrado aos enfermos de qualquer classe. Obsessor e obsidiado são enfermos da alma e por isso beneficiam-se muito com o passe magnético. Dificilmente, porém, basta uma ação mecânica para que o mal seja debelado. É preciso atuar sobre o ser inteligente causador da obsessão, ao qual devemos falar com autoridade. Essa autoridade, não a possui quem não tenha superioridade moral, que decorre do aprimoramento espiritual do socorrista. Quanto maior o aprimoramento moral, maior a autoridade. E isso também não é tudo: para assegurar a extinção do processo obsessivo, é indispensável que o obsessor seja, por meio de instruções habilmente ministradas, convencido a renunciar aos seus desígnios, a perdoar e a desejar o bem, arrependendo-se dos prejuízos causados à sua vítima.

5. Quando a tarefa da desobsessão se torna mais fácil?

A tarefa torna-se mais fácil quando o obsidiado, compreendendo a situação, procura auxiliar com sua vontade e com suas preces o trabalho em curso. Se, porém, ele não fizer a parte que lhe cabe no processo, as dificuldades do tratamento serão muito grandes, sobretudo se ele se ilude com as qualidades do seu obsessor e se compraz no erro a que foi conduzido.

6. A prece é um recurso importante na terapia desobsessiva?

Sim. A prece, em todos os casos de obsessão, é e será sempre o mais poderoso meio de que dispomos para demover o obsessor dos seus propósitos maléficos. Em todos eles, no entanto, a prática do amor e da caridade constitui o recurso mais valioso, uma vez que somente o amor, tal como nos foi ensinado e exemplificado por Jesus, é capaz de harmonizar indivíduos que se odeiam, pondo fim às ideias de vingança, às perseguições e aos sofrimentos daí decorrentes.

7. Que é que Kardec recomenda com vistas à cura das obsessões?

Kardec trata do assunto no cap. 28, itens 81 e seguintes, d´ O Evangelho segundo o Espiritismo, em que diz que a cura das obsessões graves requer muita paciência, perseverança e devotamento e exige tato e habilidade, a fim de encaminhar para o bem Espíritos muitas vezes perversos, endurecidos e astuciosos, porquanto os há rebeldes ao extremo. Na maioria dos casos, temos de nos guiar pelas circunstâncias. Qualquer que seja, porém, o caráter do Espírito, nada se obtém pelo constrangimento ou pela ameaça. Toda influência reside no ascendente moral. Outra verdade igualmente comprovada pela experiência, tanto quanto pela lógica, é a completa ineficácia dos exorcismos, fórmulas, palavras sacramentais, amuletos, talismãs, práticas exteriores, ou quaisquer sinais materiais.

A obsessão muito prolongada pode ocasionar desordens patológicas e reclama, por vezes, tratamento simultâneo ou consecutivo, quer magnético, quer médico, para restabelecer a saúde do organismo. Destruída a causa, resta combater os efeitos.

Com respeito àquele que sofre o processo, é preciso que ele fortifique sua alma, pelo que necessário se torna que o obsidiado trabalhe pela sua própria melhoria, o que as mais das vezes basta para o livrar do obsessor, sem recorrer a terceiros. O auxílio destes se faz indispensável, quando a obsessão degenera em subjugação e em possessão, porque aí não raro o paciente perde a vontade e o livre-arbítrio.

Nos casos de obsessão grave, o obsidiado se acha como que envolvido e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele. É desse fluido que importa desembaraçá-lo. Ora, um fluido mau não pode ser eliminado por outro fluido mau. Mediante ação idêntica à do médium curador nos casos de enfermidade, cumpre se elimine o fluido mau com o auxílio de um fluido melhor, que produz, de certo modo, o efeito de um reativo. Esta é a ação mecânica, mas que não basta. É necessário, sobretudo, que se atue sobre o ser inteligente que provoca a obsessão, ao qual importa se fale com autoridade, que só existe onde há superioridade moral. Quanto maior for esta, tanto maior será igualmente a autoridade.

Mas isso não é tudo: para garantir-se a libertação, cumpre induzir o Espírito perverso a renunciar aos seus maus desígnios e fazer que nele despontem o arrependimento e o desejo do bem, por meio de instruções habilmente ministradas, objetivando a sua educação moral. Pode-se então lograr a dupla satisfação de libertar um encarnado e de converter um Espírito imperfeito.

A tarefa se apresenta mais fácil quando o obsidiado, compreendendo a sua situação, presta o concurso de sua vontade e de suas preces.

8. Quais são, de forma sintética, os principais recursos espíritas que podemos utilizar no tratamento da obsessão?

Sete são os principais recursos espíritas na tarefa da desobsessão:

  1. Conscientização, por parte do obsidiado e de seus familiares, de que a paciência é fator essencial no tratamento e que as imperfeições morais do obsidiado constituem o maior obstáculo à sua cura
  2. Fluidoterapia (passes magnéticos, radiações e água magnetizada)
  3. Prece e vigilância permanente
  4. Laborterapia
  5. Renovação das ideias através da boa leitura, de palestras e da conversação elevada
  6. Culto evangélico no lar
  7. Esclarecimento ou doutrinação do Espírito obsessor, em grupos mediúnicos especializados, em cujas reuniões a presença do enfermo não é necessária e pode até mesmo lhe ser prejudicial. Sobre a presença do obsidiado nos trabalhos mediúnicos, Divaldo Franco diz o seguinte, conforme podemos ver na questão 97 do livro Diretrizes de Segurança: “O ideal será que ele não participe dos trabalhos mediúnicos. Se estiver no estado em que registra as ideias sadias e as perturbadoras, o trabalho mediúnico pode ser-lhe seriamente pernicioso. Porque, se o obsessor incorporar, poderá ameaçá-lo diretamente, criando nele condicionamento que depois vai explorar de espírito a espírito. Como a necessidade não é do corpo físico do enfermo, ele pode estar em qualquer lugar e os Mentores trarão as entidades perturbadoras. Por outro lato, ele não deve faltar às sessões de esclarecimento doutrinário, para que aprenda a libertar-se das agressões dos Espíritos maus e, ao mesmo tempo, crie condições para agir com equilíbrio por si mesmo”.

Londrina, dezembro de 2009

Astolfo O. de Oliveira Filho

A CAMINHO DO BISTURI COMO O BOI PARA O MATADOURO? 25-07-2009




Ressurge, nas hostes espíritas, a fascinação pela procura de médiuns incorporadores de “médicos” do além, à moda “Zé Arigó” [alguns nem utilizam instrumentais cirúrgicos]. Em que pese existirem médiuns não-espiritas sérios, e que nada cobram dos pacientes, há aqueles que jamais recomendaríamos. Sabemos da intervenção dos desencarnados nos processos terapêuticos na Terra, mas não se pode dar ênfase a esse tipo de trabalho, na suposição de consolar almas desvalidas ou na falsa idéia de fortalecimento do Espiritismo por esses meios. Temos exemplos tristes dessa prática dispensável nos meios espíritas. Leitor amigo, procure se informar qual foi o destino do Zé Arigó, em Minas; do Edson Queiróz, em Pernambuco, e do Rubens Faria, no Rio de Janeiro.

Há, no interior de Goiás, um médium conhecido (principalmente, fora do Brasil) que atende cerca de 2000 pessoas por dia. Na sua instituição, vende-se um frasco, contendo cápsulas, à base de maracujá, no valor de R$ 10,00 (dez reais). Se, na ponta do lápis, somarmos o montante dessas vendas, com outras despesas que o centro acaba impondo aos seus assistidos, chegaremos, facilmente, a cifras de milhões de reais por ano. Por essas e outras muitas razões, certa vez, perguntaram ao Chico Xavier: “Têm surgido muitos médiuns e curadores por este Brasil afora, que receitam remédios e, até, operam os doentes. Qual a maneira de se identificar o verdadeiro do falso?” Chico responde: “EU CREIO QUE ISTO DEVA SER FRUTO DA EDUCAÇÃO DO SERTANEJO, ACREDITAR QUE, PAGANDO BEM, IRÁ CONSEGUIR CURAS ESPIRITUAIS. O VERDADEIRO ESPIRITISMO NÃO PODE COBRAR, NEM MESMO OS REMÉDIOS QUE RECEITA AOS DOENTES.

Chico evitava as queixas e escrevia sem parar, apesar das dores que sofria por causa de um tumor localizado na próstata. Agüentou o sofrimento enquanto pôde, mas a cirurgia era inevitável. Zé Arigó, o médium que incorporava o Dr. Fritz, e realizava cirurgias sem anestesia, ofereceu-se para operar o colega. Chico, humildemente, recusou a oferta e preferiu se internar numa clínica, em São Paulo. Antes, tomou o cuidado de entregar ao Dr. Elias Barbosa documentos particulares, pois “Ninguém sabe o que pode acontecer”, disse ele. Uma vez optando pelos médicos da matéria, sua atitude provocou uma grande polêmica no meio espírita. Por que não aceitou a oferta do Dr. Fritz, tão requisitado na época? Ele duvidava do poder dos Espíritos? O protegido de Emmanuel se limitou a repetir a resposta dada a Arigó: COMO EU FICARIA DIANTE DE TANTO SOFREDOR QUE ME PROCURA E QUE VAI A CAMINHO DO BISTURI, COMO O BOI PARA O MATADOURO? E EU VOU QUERER FACILIDADES? EU TENHO QUE ME OPERAR COMO OS OUTROS, SOFRENDO COMO ELES. Anos mais tarde, num desabafo, Chico deixaria de lado a diplomacia e disse: SOU CONTRA ESSA HISTÓRIA DE METER O CANIVETE NO CORPO DOS OUTROS SEM SER MÉDICO. O MÉDICO ESTUDOU BASTANTE ANATOMIA, PATOLOGIA E, POR ISSO, ESTÁ HABILITADO A FAZER UMA CIRURGIA. POR QUE EU, SENDO MÉDIUM, VOU AGORA PEGAR UMA FACA E ABRIR O CORPO DE UM CRISTÃO SEM SER CONSIDERADO UM CRIMINOSO? (1)

Sempre obediente aos conselhos do seu guia espiritual, explicava: “EU JA ME OPEREI 5 VEZES, E VÁRIOS MÉDIUNS ME OFERECERAM SEUS SERVIÇOS. O ESPÍRITO EMMANUEL ME DISSE: VOCE DEVERIA TER VERGONHA ATÉ DE PENSAR EM RECEBER ESTE TIPO DE CURA, PORQUE TODOS OS OUTROS DOENTES VERTEM SANGUE, ATÉ TOMAM DETERMINADOS REMÉDIOS PARA MELHORAR. COMO VOCE PRETENDE SE CURAR NUMA CADEIRA DE BALANÇO?". Daí, perguntaram-lhe: Chico, como conciliar os recursos da medicina terrestre, especialmente na área da cirurgia, com a correção de anomalias orgânicas em criaturas com processos de resgates cármicos? Chico Xavier, então, respondeu: “NÃO IMPORTA QUE A CIRURGIA FAÇA DESAPARECER ANOMALIAS INIBIDORAS OU DEFORMANTES DE IMPLEMENTOS SOMÁTICOS. O PERISPÍRITO CONSERVARÁ A DEFICIENCIA, QUE VAI SE PROJETAR PARA REENCARNAÇÕES FUTURAS, A NÃO SER QUE O ESPÍRITO DEVEDOR SE AJUSTE COM A LEI DA JUSTIÇA, COBRINDO COM AMOR A "MULTIDÃO DE PECADOS", SEGUNDO O EVANGELHO. A CIRURGIA CORRIGE TRANSITÓRIAMENTE AS DEFICIENCIAS FÍSICAS. O AMOR, TRABALHANDO NOS TECIDOS SUTIS DA ALMA, PURIFICA E REDIME PARA A ETERNIDADE.” (2) O que a medicina dos homens não conseguiu curar foi o problema da visão do Chico. Ele deu, mais uma vez, prova de que não se desviaria dos ensinamentos de Emmanuel ao recusar, em 1969, a oferta do médium Zé Arigó, que desejava operar, espiritualmente, seus olhos, dizendo-lhe o seguinte: "A DOENÇA É UMA PROVAÇÃO DO ESPÍRITO QUE DEVO SUPORTAR". (3)

Diante disso, e movido por justa preocupação, porquanto, há mais de trinta anos, laborando no jornalismo espírita, deliberei escrever, há dois anos, o seguinte: A revista Veja, de 14/06/2000, pág. 68, traz longa reportagem intitulada "Não ajuda em nada", demonstrando que pesquisas confirmam uma realidade preocupante, ou seja, que tratamentos alternativos (místicos), quase sempre, são ineficazes no restabelecimento da saúde de pacientes, especialmente, com câncer. É lastimável sabermos que existem, ainda, em nossas hostes, espíritas que evocam "Espíritos", para que lhes atendam como cirurgiões do “além”, que vão retalhando corpos em nome de “operações espirituais”; que lhes prescrevam medicamentos alopáticos, fitoterápicos (ervas "milagrosas") e chás de "coisa nenhuma” ou, ainda, que lhes forneçam dietas para emagrecimento. O Espírito André Luiz adverte: "Aceitar o auxílio dos missionários e obreiros da medicina terrena, não exigindo proteção e responsabilidade exclusivos dos médicos desencarnados”. (4) A tendência de subestimar a contribuição da medicina humana, entregando nossas enfermidades aos Espíritos milagreiros do além (de preferência cirurgião com nome germânico ou hindu, como se isso impusesse maior credibilidade), para que "curem" complexos processos de metástases, por exemplo, é uma atitude equivocada. Os conceitos espíritas nos remetem à certeza de que a matriz das doenças está fincada no estado mental do enfermo, ou seja, o espírito é o verdadeiro responsável pelas enfermidades. Portanto, a rigor, não serão os agentes externos que proporcionarão a cura daqueles que teimam em permanecer entorpecidos, na condição de revoltosos ou hesitantes diante dos códigos de justiça, vigentes nos Estatutos Divinos, mas a mudança de comportamento, pois o equilíbrio das forças mentais impede que invasores se nutram das energias debilitadas. Não podemos, porém, ignorar, de forma alguma, as heranças que provêm das Leis de Causa e Efeito. As enfermidades que se alongam, por toda uma vida, são expiações decorrentes de profundas raízes de natureza moral, que só se extinguirão mediante o fim do resgate, pois, "A doença pertinaz leva à purificação mais profunda”. (5) Os Espíritos não estão à nossa disposição para promoverem curas de patologias que, não raro, representam providências corretivas para o nosso crescimento espiritual no buril expiatório. Nesse sentido, os dirigentes de núcleos espíritas deveriam promover bases de estudos e reflexões sobre as propostas filosóficas, científicas e religiosas do Espiritismo, ao invés de encetarem trabalhos espirituais para os inócuos "curandeirismos".

Os preceitos doutrinários nos esclarecem que devemos "Aproveitar a moléstia como período de lições, sobretudo como tempo de aplicação de valores alusivos à convicção religiosa. A enfermidade pode ser considerada por termômetro da fé”. (6) Desta forma, são inoportunas certas manifestações de “promessas de cura das obsessões” com sessões da famosa corrente magnética brasiliense (prática "inventada” em Brasília, por grupos que seduzem empolgados “filantropômanos”, através do apelo assistencialista, inoculando estranhas práticas doutrinárias) como a magnetização "desobsessiva" para afastar Espíritos aos moldes de como se espantam moscas das feridas expostas. Para consubstanciar esse objetivo, recorrem ao auxílio da varinha de condão, do chamado "choque anímico", com o qual os enfermos se "libertam" dos obsessores, conforme promete livro (7) publicado pelos seguidores desse movimento equivocado. Há, ainda, outros núcleos que propõem aplicações de luzes coloridas (cromoterapias) para higienizar auras humanas e curar (pasmem): azia, cálculo renal, coceiras, dores de dente, gripes, soluços em crianças, verminose, frieiras, conforme propaga literatura específica. (8) Acreditem! Se não bastasse, recomenda-se, até, carvãoterapia (?!) para neutralizar "maus-olhados". Nesse sentido, segundo crêem, é só colocar um pedaço de tora de carvão debaixo da cama e estaremos imunes ao grande flagelo da humanidade - o "olho comprido”!

Algumas instituições espíritas têm distribuído uma pomada “CURA TUDO” como se fosse “água benta”. O que se nota, a bem da verdade, é que as instituições espíritas se desincumbem da vigilância para com a pureza doutrinária, tão necessária para o fiel desempenho dos trabalhos a que elas se destinam. O que se vê é um afrouxamento do rigor que se deve imprimir aos ideais sublimes. Abrir espaço para a liberdade de agir não significa aceitar as injunções pressionadoras de sistemas divergentes, nas casas espíritas, que teimam em se alojar aqui e ali, na tentativa de, pelo decurso do tempo, serem confundidos e aceitos como Espiritismo de fato, a exemplo do ramatisismo, armondismo, umbandismo etc, e mais, os apometristas, cromoterapistas, pomadistas, cepalistas etc. Que nos alcunhem de “fundamentalistas”, por defendermos os “fundamentos” da Doutrina Espírita, que nada mais é que estarmos harmonizados com as Leis da Natureza e que a ninguém é dado o poder de modificá-las, o que é bem diferente de permanecermos retrógrados diante dessas evidências. As vozes dos “vendedores de ilusões” não podem ecoar mais forte que essas leis e de nossa advertência, JAMAIS!!! Se alguém tem que silenciar, que não sejam os sinceros adeptos do Evangelho, via ESPIRITISMO. Cremos que os que se incomodam com essas admoestações deveriam, por coerência e bom senso, buscar outras propostas doutrinárias afins, e deixarem o Espiritismo em paz, a seguir seu curso sem enxertos perigosos.

O que queremos é a transparência doutrinária no movimento espírita, e não a confusão doutrinária; maior rigor para com os divergentes, a fim de que desanimem e se afastem de uma vez por todas. A vida moderna, globalizada ou não, está a pedir, isso sim, posicionamentos e comportamentos firmes e consentâneos com a proposta espírita. Como bem recomenda o ínclito Codificador, em Viagem Espírita 1862, pág. 33: "O excesso em tudo é prejudicial, mas, em semelhante caso, vale mais pecar por excesso de prudência do que por excesso de confiança". Sabemos que os que lêem estas linhas podem pensar que estamos revestidos de idéias ficcionais, mas podemos assegurar que não teríamos materiais tão imaginativos. Em recente entrevista ao jornal Alavanca - abril/maio-2000 - Divaldo Franco adverte sobre as "terapias alternativas", "curandeirismos" e a fascinação na prática mediúnica, apontando-as como fatores que têm desestabilizado o projeto da unidade doutrinária". É por essas e outras que a revista Veja, abril de 1999, registra que os médicos, da ala conservadora da psiquiatria, consideram os médiuns como dotados de neuroses, psicoses, desvios de personalidade, esquizofrenias, etc. Se pararmos para refletir, daremos uma certa razão para esses profissionais, até porque, muitos adeptos do Espiritismo não conhecem os livros de Allan Kardec, Emmanuel, André Luiz, Joanna de Ângellis, Bezerra de Menezes, Vianna de Carvalho e outros consagrados expoentes da difusão doutrinária e, lastimavelmente, estão aguilhoados nas práticas que comprometem todo o projeto doutrinário. O exercício dos Códigos Evangélicos nos impõem a obrigatória fraternidade e a compreensão aos adeptos dessas esquisitas práticas, o que não equivale dizer que devemos nos omitir quanto à oportuna admoestação, para que a Casa Espírita não se transforme em academia de andróides hipnotizados pela fantasia e ilusão.

Jorge Hessen
http://jorgehessen.
jorgehessen@gmail.com


FONTES:

(1) Souto Maior, Marcel As vidas de Chico Xavier / Marcel Souto Maior. 2. cd. rev. e ampl. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2003.
(2) disponível em http://ulyssesdorego.arteblog.com.br/38023/entrevista-e-video-com-chico-xavier, acessado em 25-07-09
(3) Disponível em http://www.caminhosluz.com.br/detalhe.asp?codigo1=2639, acessado em 25-07-09
(4) Vieira, Waldo. Conduta Espírita, Ditado pelo Espírito André Luiz, Cap.35. RJ: Editora FEB, 1977-5ª edição
(5) idem
(6) idem
(7) Colegiado dos Vínculos Fraternais, Desobsessão por Corrente Magnética, 1ª edição Sociedade de Divulgação Espírita "Auta de Souza"-1996.DF
(8) Nunes, René. Cromoterapia. A Cura Através da Cor. Editora Asa Sul./Brasília 1ª edição